quarta-feira, 2 de março de 2011

Poemas do espírito

Poemas do espírito
Jb.campos

Caro leitor, escrevo neste opúsculo poemas romanescos em estado catártico e letárgico, portanto, sinto-me feliz, o meu ser transborda de alegria, embora, a minha lide não se apresente totalmente assim, como esta maravilhosa psicoterapia...
Poderia aqui, dizer as mais absurdas justificativas para mostrar a minha pseudo humildade, porém, não passo de mais um ser humano indefeso, nada sou diante da sabedoria de uma criança.
Não querendo me passar por hipócrita, e por isto falarei na primeira pessoa, embora no contexto estejam envolvidas muitas outras, inclusive você que é, o maior causador destas escritas.
Portanto, escrevo a quatro mãos e, tudo aquilo que transporto para o papel, é apenas o compromisso de repassar o que meus amparadores me enviam.
Aliás, tudo aquilo que praticamos com o coração limpo e a mente vazia, só pode ser do espírito, que se ocupa do espaço vazio, acionando o nosso físico mental, desencadeando o forte desejo de plasmar os feitos e fatos.
Não devo me esquecer de que neste espaço cabem duas forças antagônicas, o bem e o mal.
Queira, ou não queira, nada posso fazer... sou parte dessas duas forças.
Na minha ignorância, preferiria somente o bem, mas, isto se me parece incompreensível para o nosso estágio de vida terrena...
Dentre os doze apóstolos de Cristo, existiu o demônio, que usou de Judas Iscariotes para vender Jesus por 30 moedas de prata.

João: 6
70 Respondeu-lhes Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? Contudo um de vós [é o diabo].

Praticamente, este fato foi revelado mesmo antes de consumado, mas, ninguém pôde evitá-lo, até para que se pudesse entender o bem, pela atitude malévola de Lúcifer, que fora o irmão de Jesus na glória de Deus.
Porém, oposto ao bem...

Um forte abraço, e boa leitura.

“O autor”

Vou superar.

Ando pela vida às vezes aparvalhado, ciente de estar no lugar errado.
Procuro a modéstia e... encontro o orgulho, à mercê de mergulho.
O hoje sempre me distrai, porém, o amanhã insiste em pedir-me mais e mais...
Lutas e alegrias, dormito e acordo ao raiar do dia.
Sibilino fico... começando tudo de novo.
Não entendo e não sou entendido, é a vida removida e deslocada.
Assim meu irmão, devemos estar sempre alerta, contra as más ofertas.
Dê o seu rosto para bater, coragem, saia debaixo dessa coberta.
Lute, pois, a vida é incerta, e feita de luta e estorvo.
Limpe seus olhos e veja, retire-lhe o entulho.
Aprenda sobre o motivo de estar vivo.
Voe alto com olhar aquilino, e avistará o seu destino.
Como sou eu, você não é nada, desvencilhe-se do orgulho.
Caminhe, não olhe ao lado, não pare, nem fique emperrado.
Você sempre acha que a dor alheia é menor do que a sua.
Engana-se... ela é compatível com o poder de cada ser.
Todos sofrem a mesma dor, apenas uns aprendem com ela conviver.
Não lhe dê muita atenção, não a veja com o seu coração...
Seu pensamento pode intensificá-la e até destruí-la...
Desprenda-se desse grilhão, que a maioria ela conduz pela mão.
Escraviza, endoidece, martiriza o pensamento sem criação.
Terapia é a canção, o trabalho manual, e até a tecla do computador.
Compute a dor com a inexistência e ganhará resistência.
Não peça a ela clemência, apele à sua pessoal decência.
Para isto, haja consciência, a qual procure com insistência.
Persista e a encontrará, meu irmão, não deixe a tocha cair ao chão.
Levante bem alto a sua mão, e cantará a vitoriosa canção.
Ganhará o pódio de vencedor, que venceu a própria dor.
Esta também, é a minha intenção.

Após, escrever estas palavras poéticas, eivadas de boas intenções, lembro-me também dos meus problemas que a mim me faz insone, é a minha purificação, não posso parar, tenho de arrancar forças do nada, do vazio.
Sou exatamente como você, problemático, emblemático, são 57 anos de lutas e vitórias que me fazem acordar, e ressurrecto começo a caminhar, e então me pergunto:
- O que poderá me acontecer?
- Nada mais do que já me aconteceu!
Talvez um dia vou morrer, se ela, a morte, existir e, cá entre nós, tenho lá minhas dúvidas...
Acordo e vejo a luz do dia, às vezes tisnada pelo mau tempo, embora, também não creia que isto possa existir.
- O que seria o mau tempo?
- Trovoadas, tempestades intempestivas?
- Chuvas, encharcando o chão?
- Estrelas cadentes riscando os céus?
Crio termos boçais, influenciados pelos meus ancestrais, que a mim me ensinaram carochas de pseudos verdades...
Falaram-me até em Saci Pererê... então não pude aprender nem posso ensinar muito bem.
Quando penso ensinar, apercebo-me de que apenas, e muito mal, aprendo.
Fico olhando ao sistema humano e, só não me arrependo por não poder, senão com certeza não seria humano.
Nem arrepender-me posso, já que não alcanço a devida consciência de ter escolhido esta vida, ora bela, ora puída, vergonhosa geração.
Canibais engravatados que, devoram a própria espécie com seus títulos de papéis amarfanhados, vegetais enxovalhados de ignorância, não respeitam pais nem irmãos.
Intelectualóides mesmificados, e ensimesmados em suas vaidades de defender apenas pensamentos próprios e, nada mais...
Sinto muito, mas, aqui estou para o resgate, espero aproveitar esta oportunidade.
Igrejas, escolas, televisões ensinam toda a sorte de mazelas, então tenho de discernir, pois, queira ou não o mal anda a par e par com o bem.
Não estou mentindo, não, desde a minha mais tenra idade, ouvi dizer sobre padres pedófilos, tal como hoje na televisão, nos jornais... e no boca-a-boca... até parece lugar comum.
Endocrinologistas, que estão mais para hipopótamos de tão obesos.
Psiquiatras, que usam drogas.
Médicos doentes e clinicando...
Dizem-se doentes mentais...
- Será mesmo, que são?
Eles colocam suas mãos no fogo... aleatoriamente?
Eles rasgam dinheiro?
Vemos que esses doentes sentem dores atrozes, quando acuados pelo seu algoz, desfazem-se em choros profundos e, em verdadeira covardia humana...
Nas escolas, o tráfico de drogas campeia à solta, e professores apanham de alunos e às vezes são mortos por eles...
Na televisão, é desnecessário falar, para ganhar dinheiro através do famoso IBOPE, eles mesmos se entregam...

Convém aqui, deixar bem claro, não há regra sem suas exceções!

Haja vista esta verdade plasmada na vida de muitos papas despóticos e bispos safardanas, dizendo-se hipocritamente representantes do Cristo sobre a face da terra.
Repito com veemência convém aqui deixar bem claro, não há regra sem suas exceções!
Não tenho nada contra os bons evangelistas, apenas uma pequena demonstração de que o bem é, o realce que se deve dar sobre o mal.
Piso equilibrando sobre uma lâmina ladeada por precipícios negros, e somente no seu final vislumbro o triunfo de apenas uma pequenina etapa cumprida na eternidade de luz.
Não quero apenas lamentar, e sim... mostrar-lhe o quanto somos iguais, temos os mesmos problemas e sentimentos.
Estou sujeito à bala perdida, e a ganhar na loteria.
Alegro-me ao encontrar meu neto e... me entristeço ao avistar meu filho.
Minha nora e meu genro são boas criaturas.
Minha aposentadoria não dá para quase nada, pois, nem aposentado sou...
Somos mais ou menos iguais, nos encontros... as fofocas, com os amigos nada muda, nossa mente quer falar, e fala, grita em altos brados, querendo mostrar rabo alheio, nem tão alheio, pois, se assim o fora não comentaria sobre ele –
- E o meu?
Este papo é muito sério e meio estranho, ao falar em rabo, minha mente quer desvirtuar a direção, são resquícios de aprendizados, nos quais não há maldade, apenas hilariante conversa mole.
Apenas quero rir inocentemente, se isto me for possível...
Termos chulos, ou coloquiais, amedrontam muitos exegetas da palavra, como se não derivassem de algum rabo, e ainda fica pior a emenda do que o soneto, estou referindo-me respeitosamente à nossa genitora, que poderia tapar-me a boca com uma forte tapa, literalmente falando, e com minha boca calada e sangrando sairia maldizendo-a, pois, na hora isso dói, e perde-se o respeito mental até pela própria e santa mãe.
Não dissimulo, a verdade está aí, matam e morrem marginais, marginalizados todos somos no sistema, nas nossas testas um diadema de fidelidade obrigatória, temos de caminhar pela senda para a qual nos empurram...
Seria o sinal da besta?
No livro do Apocalipse, João narra sobre este sinal cujo número é 666, e quem se renegar em usá-lo não poderá comprar nem vender.

Apocalipse: 13
18 Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é [seiscentos e sessenta] e seis.

Muito ouço falar deste sinal, desde a minha infância, onde já me fazia religioso e leitor dos Evangelhos, muitos afirmavam que a sigla da coroa papal em algarismo romano seria exatamente esse número, cuja abreviatura é da seguinte frase: "Vigário, Filho de Deus." – a Bíblia se refere ao sinal do anticristo!

II João: 11
7 Porque já muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o [anticristo].

Apocalipse: 13
17 para que ninguém pudesse [comprar ]ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.

E, para ser bastante sincero, nunca me interessei para tirar essa conclusão, apenas ouvi falar...
Como na atualidade ouço alguém dizer, que o inventor do computador caseiro, que aqui pouco interessa escrever o seu nome, é o elemento tradutor deste sinal, e que pode ser bastante razoável, já que somos vigiados com constantes câmeras de circuito interno de televisão, por onde quer que andemos.
Cartões magnéticos, todos nós já possuímos para podermos transitar por alguns lugares importantes como empresas etc...
Este sinal poderia ser colocado em nossas testas como código de barras inter pele, e em nossas mãos etc...
Em algumas cidades já se usa nas ruas e praças essas câmeras para suas seguranças etc...
Este é, mais um vaticínio milenar e bíblico que, com certeza está se concretizando.
Sobrevivência tem um preço, e neste caso não há apreço nem perdão, temos de pagar o pedágio.
Vendam nossos olhos, e descaradamente agem os homens de poder, tripudiando sobre nossas cabeças ocas, aliás, maciças para agüentar tanto descalabro e humilhação velada.
Estamos viciados, ou acostumados que, nós mesmos temos a tapa de vendar olhos, própria para colocá-la nos momentos certos ao fazermos vistas grossas.
Por mais certos que estejamos moralmente, temos de respeitar a mais tortuosa lei, nada há para reclamar, a não ser usar a mentira da hipocrisia humana.
Mudando de pato para ganso, de vilipêndio para alegria magistral, quero relatar um sonho que me persegue há muito tempo:

Sonho de uma vida real.

Estou tendo um sonho maravilhoso na mais profunda lucidez, pois, não bebo nem fumo, não ingiro barbitúricos, se não for paranóia... é um belo e real sonho.
Vejo-me no pico de uma montanha verdejante, posso avistar o infinito, ouço uma música etérea, nunca ouvida por mim.
Um perfume inebriante e desconhecido, impregna-me o ser.
Estado de espírito, seria o nome deste nirvana?
Nada me importa neste instante, pois, sempre que quero discerni-lo, acordo.
Muitas vezes já sonhei esta realidade, sem cabotinismo, quero lhe dizer que acho seja o amor transbordante de misericórdia divina, apenas sou um recipiente deste conteúdo, você tem seus momentos de euforias e êxtase também, graças à benesse de Deus Pai... pois, saiba é o amor, o grande dom a nós concedido.
O amor funciona assim, sem explicativas, amo a tudo e a todos, porém, quando tento entendê-lo entro em desamor profundo.
Ratifico o meu imerecimento, não fosse a generosidade de beneplácito divino...
Sei que o amor é, a mais refinada flor, exalando seu doce perfume, embora, alguns prefiram o perfume ácido, não importa, não vou sair deste nirvana tentando explicá-lo.
Sinto-me profundamente confortável, minhas nevralgias dolorosas e crônicas impostas pela idade, não me incomodam mais, aqui posso tudo.
Meu espírito sai do meu corpo, vôo para onde imaginar, faço tudo o que quero, embora sinta somente nobres desejos, estou liberto das amarras que somente me entristecem quando estou acordado.
Sei que vou acordar, e sei que voltarei a sonhar.
Quantos deletéricos moribundos estão neste nirvana profundo, embora, vejam muitos a chorar, ou a maldizer a sorte, não enxergando a bem-aventurança que, latente dorme nos seus âmagos, o momento lhes chegará também, são merecedores deste estágio maravilhoso, serão perdoados, como estou sendo a todo o momento, pois, entenderão que a vida é apenas uma passagem efêmera.
Respirar profundamente, e entregar-se ao cosmo é, uma experiência impar, deixar-se levar pela lufada da brisa universal, sem esperar nada, é simplesmente a libertação do espírito.
Crianças vivem este estado de prazer, não são maldosas, estão prontas para perdoar, não conhecem a vingança.
Este foi o estágio primitivo do homem no Édem, e Deus bem sabia que eles, Adão e Eva cresceriam mentalmente e acabariam por descobrir o bem e o mal, representados por um fruto proibido e, para puni-los deixou-os pervagar pela terra, permitindo que saíssem do paraíso e adentrassem a pérfida terra do bem e do mal.
Neste meu sonho, meditei profundamente sobre estes assuntos que, dão nós nas cabeças dos filósofos e religiosos de todos os matizes.
Como no sonho tudo nos é possível, ali mesmo naquele pináculo, quis diminuir-me de tanta alegria e reconhecimento da minha pequenez diante da grandeza divina e... fui reduzindo-me dentro daquilo que pressupunha ser humildade até tornar-me um verme.
Como se fosse na velocidade da luz, que na realidade nem sei descrevê-la, porém dentro de um grande paradoxo, embora, tudo se fizesse numa rapidez
indescritível, mas de maneira calma, pacífica e atemporal, e com muita clareza e nitidez.
Encontrei-me à um vírus, diante de uma enorme molécula e me pus a pesquisá-la, e cada vez ficava mais encantado com um novo universo, diminuindo-me ainda mais, cheguei a um núcleo atômico, cheio de sóis como se estive agora em terra firme e encarnado...
Aí comecei a sentir um pequeno e ínfimo resquício do significado de Deus.
E recordei-me dos homens, alguns dignos e bons, e outros nem tanto, e que afirmam contundentemente que Deus os protege nos seus "bondosos atos", e que estão acompanhados de Dele, o Todo Poderoso...
No intróito desta obra falei que estava sujeito às duas forças naturais do bem e mal, porém, optava veementemente para a do bem, se isso me fosse possível.
Continuei na prospeção micro cósmica e, vivi momentos maravilhosos, e já nem me lembrava mais do planeta terra.
Como aqui, neste instante, em terra "firme" afora os abalos sísmicos e destruidores... não tinha muito conhecimento do que estava ocorrendo naqueles momentos que se transformaram em dias, meses e anos, e na realidade encontrei-me com uma bela donzela, sendo eu também, donzelo...
Era uma espécie de planeta, semelhantemente à terra, bem mais evoluído em seus setores sociais, já haviam passados por um estágio semelhante ao nosso, com muitas mazelas e, ao longo de um tempo a mim não cronometrado...
Estes relatos são anteriores, em outros sonhos e, que se repetirão, com certeza...
Enquanto escrevo, paralelamente acabo de sopitar e ver-me numa praia que nada tem a ver com o sonho narrado, porém vejo muitas famílias alegres, divertindo-se nas areias... um pouco poluídas, e noto também um flerte velado entre dois enamorados de primeira vista.
Este cochilo em paralelo talvez tenha sido influenciado pela narrativa do meu glorioso sonho, ou reencarnação...
Misturam-se os sonhos, mas retorno ao verdadeiro...
Encontro-me então com Gardênia, que me pergunta:
Quem é você?
Eu, me chamo Campos!
Muito prazer, eu sou Gardênia.
A simplicidade de Gardênia me fascina a ponto de achá-la simplória, ledo engano, simplório sou eu que, não consigo ver além de um palmo do meu nariz.
Torna-se minha mestra e encantadora esposa.
No primeiros encontros se passaram há muito tempo...
Enquanto eu, com vestígio humano dissimulava alguns assuntos, até porque, não tinha consciência de minha origem... e para não me revelar amnésico ia inventando estórias.
Mal sabendo que, Gardênia estava também sonhando em algum lugar na terra de mortais, assim cheguei a pensar, outro engano.
Algo semelhante à minha situação de terráqueo, pois, se alguém me perguntar a minha origem, dir-lhe-ei que vim do ventre materno de uma senhora muito decente e adorável, como há de ser uma mãe...
Na realidade não achava concebivel dizer a ela, achando que ela poderia me discriminar etc...
Nunca amei alguém profundamente...
Juntamo-nos, pois, ali os pares não se casavam legal e socialmente como aqui na terra, bem, na realidade é um mundo mais evoluído e de longevidade incomparável com o tempo em que se vive aqui no planeta azul.
Calejado com problemas terrenos, as dificuldades que ali se me apresentavam nada significavam para mim...
Imagine, que situação esdrúxula para uma pessoa que se julga ilibada e proba, e que desposou apenas uma mulher na vida e... agora avô babão de netos maravilhosos, com a libido já em baixa, enamorando-se de Gardênia, linda flor do infinito nuclear.
Naqueles estágios pelos quais passava, fora flexado por um cupido muito
especial, que em sua flexa aplicava um anestésico de esquecimento, apenas sabia que ressurgi do nada, e o mesmo fato acontecia com aquela população encantadora.
Era a forma de se nascer naquele mundo, sem as complicadas dores de parto, hoje meditando melhor concluo que esta vida aqui na terra é, um efêmero estágio de nascimento total, um preparativo para se alcançar mundos maravilhosos como aquele no qual vivi mil e quinhentos anos para depois voltar para este estágio preparatório de renascer.
Não sei se estou me fazendo entender, e se me faltar didática necessária, peço encarecidamente: perdoe-me a ignorância.
Lembre-se nestes planos somos atemporais, de modo que, não dá para se comparar com o tempo terreno.
Gardênia era alta funcionária de uma organização governamental, onde não
existia nenhum governador, assim, renegava-se a idéia de se ser importante, já que este sentimento naquele paradisíaco plano, soava como um verbete chulo aos ouvidos de seus habitantes, e diga-se de passagem, bem diferente daqui da terra.
Tentaram colocar na minha cabeça que, se aquela molécula se expandisse haveria uma explosão imensurável e o sistema solar se desintegraria em sua forma atual, transformando-se em algo inefável etc...
Naquele momento, terra para mim significava uma coisa desconhecida, talvez como se alguém aventasse sobre Mercúrio, ou outro planeta qualquer, sequer sabendo que pertencia por hora ao estágio planetário humano.
Esta curta estada na terra de nossas vidas, cheia de desacertos e acertos, doenças e curas, avenças e desavenças, significa que estamos num manicômio espiritual, também conhecido por purgatório d’alma.
Aqui aprendemos pelo sofrimento, pela fome, pela dor, pelas humilhações, porém, também aprendemos pelo amor, pela alegria, pela caridade, pela esperança de alcançarmos um plano melhor como este do meu sonho.
Na eternidade deste meu sonho, vivenciei fatos realmente encantadores, e lembro-me de muitas coisas, porém, não de todas, e se revelasse algumas delas aos humanos, tachariam-me de: treslocado, raca, anátema, tacanho, medíocre, energúmeno, mentecapto, paranóico, estafermo, e dos mais reles adjetivos existentes no vernáculo de nossa língua.
Neste exato momento, minha filha bate na porta do meu escritório:
- Pai, posso entrar?
- Sim meu amor, entre!
Infelizmente tivemos uma pequena discussão que envolveu uma outra filha e filho, porém, em seguida tudo se normalizou, e voltamos a nos amar...
São assédios do espírito, que vêm para nos tirar a paz, pois, esta é a forma desses espíritos baixos se alimentar, e como não somos muito altos, também deixamo-nos envolver com eles até para que se cumpra o propósito de estarmos nesta vida.
Sem nenhuma alusão ao mal, temos de aturá-lo.
Voltemos ao sonho onde amei Gardênia e, com ela geramos três adoráveis filhos, passamos longos anos juntos, uma vida inteira em frações de minutos para os terráqueos, e ai me lembrei de uma frase bíblica: "Um dia para Deus pode ser como mil anos, e mil anos pode ser como um dia."
Ah... Você quer saber dos nascimentos dos nossos filhos, como já sabe do meu, naquele paraíso molecular...
Foi da mesma maneira, desejos e lá estavam eles com uma idade jovem permeando seus 18 anos, claro que dentro de interregno de um nascimento para outro, ou seja, cada um nascendo em seu determinado tempo.
Os assédios são intermitentes, neste momento é o telefone que toca e, interrompo as escritas para atendê-lo, é um caro amigo com muitos problemas de ordem psicossomática, querendo desabar comigo seus sentimentos, bem tenho vivido para isto, escrever e falar palavras que possam alentar a dor do meu irmão...
Fico meio estarrecido, posto que somente ouço suas lamúrias, e o faço com todo respeito e consideração e, de quando em vez, destemperadamente ele me espicaça, tento entendê-lo, e ele espera de mim uma resolução dos seus problemas...
É um caro amigo que, quer ouvir verdades verdadeiras, segundo suas próprias palavras, já que de minha boca só ouviu encômios sinceros, dado as suas boas qualidades de cristão que o é.
Sem jeito, não quero falar nada que possa ofendê-lo, porém, ele faz exigências contundentes, achando que meus elogios são lisonjas apenas, então começo a notar que este meu irmão está sendo assediado, querendo descarregar alguma frustração que o perturba, tento ser paciente e retruco da maneira mais eloqüente e educada possível, mas, a conversa vai tornando-se muito desagradável, até que não entendendo a sua perturbação e, ele simplesmente desliga o telefone.
Veja como é a nossa vida, estava num plano paradisíaco vivendo uma vida
maravilhosa e feliz, porém, fui interceptado por um grande amigo para me afrontar, realmente é, uma situação hilariante...
Apesar de ser um caro amigo, vejo que neste pequeno planeta existe uma quantidade enorme de seres humanos, estimada em seis bilhões de pessoas, então se fosse o caso, poderia com certeza arrumar milhões de amigos como este.
Tomo um café, com muita tranqüilidade, pois a borrasca já passou, e peço à minha filha que provavelmente atenderia outro telefonema... que lhe dissesse estar eu muito ocupado com minhas escritas caso o nobre colega retornasse com sua destemperada ligação telefônica...
Voltando ao sonho encantado, neste plano tenho como profissão a de veterinário e cuido de poucas doenças que existem por aqui nos animais que pouco mudaram com relação aos nossos terráqueos.
Nada muda aparentemente neste mundo paralelo de minha existência atual.
Apenas a gravidade é outra, somos mais leves, dores que nos incomodam são bem menos do que aquelas que vejo e sinto na terra.
A nossa capacidade mental é mais apurada e a vida é muito mais, muito mais longa do que a da terra.
O nosso ensino é esmerado e, fica impregnado no nosso inconsciente, portanto, muitos gênios da terra fazem uso deste aprendizado, quando acordam do seu sonho real.
Jesus Cristo foi um destes privilegiados, pois, seus jejuns eram profundos e longos, e neles sofria tentações que vinham para perturbá-lo e, colocá-lo de volta como um ser humano.

Mateus: 4
9 Então o levou a Jerusalém e o colocou sobre o [pináculo] do templo e lhe disse: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo;

Na realidade a história evangélica pouco relata sobre a vida de Jesus, sua biografia é curtíssima, posto que ela descreve que, o Mestre ensinava os doutores com seus doze anos de idade e, depois existe um espaço que vai culminar aos trinta e três anos quando da sua morte...
Apesar disto, seus feitos são relatados com bastante detalhes, suas curas, seus milagres e ensinamentos.
Não se esqueça que estamos apenas no núcleo de uma molécula, quiçá de um átomo, ou uma partícula menor ainda, portanto os universos são infinitos e cada um vive nos seus universos evolutivos.
Muitos luminares da humanidade, desvencilhados deste mundo... foram vilipendiados, odiados com atrocidades, e estavam preparados para estas vicissitudes...
Com certeza suas forcas advieram de energias emanadas de Deus, e deste planos mais evoluídos.
Bem... Gardênia era uma protetora formidável, após longos anos de convivência encantadora com ela pude aperceber-me de que era apenas seu discípulo, e de meus filhos também, e hoje maravilho-me em tais fatos, até rivalizando com o planeta Terra, estando num infinito micro universo... infinitamente mais evoluído do que o macro universo da galáxia terráquea, posso vislumbrar Deus, criador de todas as coisas...
Poderes inefáveis e inenarráveis estão nas palmas de nossas mãos, e imaginemos no nosso corpo físico quantas partículas universais existem, onde habitam seres indescritíveis, e nós com nossa sabedoria não podemos enxergar o quanto somos ignorantes.
Neste mundo, a nossa maldade é menor, ela ainda existe. e o pouco que existe, deixa o povo daqui muito preocupado, e os sanatórios estão com muitos deles em tratamento.
A nossa população é a metade da população da terra, embora, muitos já foram habitar em um planeta vizinho, ônibus espaciais sem poluir o ambiente, em silêncio profundo cruzam os ares rosáceos deste paraíso e, nos fins de semana Plácido fica referto de turistas em visitas de familiares etc...
Eu disse rosáceo, por não saber como descrever as cores daqui...
Plácido é o nome deste nosso mundo atual, é interessante que muitos que aqui vivem não tenham ainda a consciência de que estão sonhando aqueles sonhos velados e ocultos, que às vezes faz dessas pessoas admiráveis criaturas na Terra, porém, inconscientes desta vida escolar maravilhosa.
Vivo há muito tempo aqui com Gardênia e nossos três filhos, e me é pesaroso acordar, porém o amor pelos meus filhos terrenos é algo intransponível e volto com muito amor, sinto muita falta deles e de minha amada esposa de há quase quarenta anos, uma santa, um amor de criatura que me atura há tantos tempo.
Um sincronismo desajeitado que não sei explicar, quando durmo aqui na Terra, acordo em Plácido, quando durmo em Plácido, acordo aqui na Terra, e tempo não se conjugam entre si, e as vidas são extremamente diferentes em alguns aspectos, e realmente nada entendo, apenas vivo, e você também, espero que você tenha esta consciência, todos os seres da Terra vivem desta forma entre duas vidas, são vestibulares para outras vidas.
Gardênia não pertence mais à Terra, como havia pensado, pertence a Plácido e, seus sonhos são ainda mais refinados, e não revela quase nada deles, às vezes fala de seus conhecimentos aleatoriamente deixando os irmãos daqui de queixos caídos, é considerada de rara inteligência.
É muito placidiana, pois, se fosse uma pessoa que habitasse na Terra, chamariam-na de muito humana, tal a relevância de sua bondade.
Aqui a diferença com a terra é gritante, o risco de morte é zero, no tocante à
criminalidade e distribuição de rendas...
Aprendi veterinária na prática, em praças públicas muito bem organizadas, pois, quem aqui vive tem a consciência de civismo profundo, de modo que, ofender, ou magoar alguém traz um sentimento refinado na mente do ofensor que, ao praticar tal ato sente-o em si mesmo a possível maldade que queira-se fazer ao próximo.
Numa comparação insípida, imagine que alguém evoluiu-se muito dentro do amor e, tenha de cometer um assassinato deliberado, com a mais absoluta certeza irá matar e morrer de dor, de arrependimento deste ato mefistofélico.
De longe pode-se comparar estas condições, porém, isto explica alguma coisa daquilo que falamos...
Por aqui não existe títulos nobélicos, pois, a fleuma de se sobrepujar o irmão é, algo chulo e descartável, posto que formamos um só corpo, e aí na Terra quem tem corpo materializado não maltrata por simples prazer seus membros, ou seja: ninguém em sã consciência decepa seu próprio dedo.
Assim é aqui, como já falamos, ao ofender uma pessoa, seja ela quem for,
sentimos em nós mesmos a ofensa.
Por estas coisas etéreas e maravilhosas, você ouve frases aí na Terra como:
Isto, ou aquilo é, ou são um sonho!
Belisque-me, para ver se estou acordado.
Sonho de valsa.
Vivemos num sonho de pesadelos também, e a Terra é um misto de sonhos e pesadelos, apenas o liame transacional de vidas... O tempo na terra é tão efêmero que, não dá para compará-lo ao tempo de trilhões de anos luzes de outras vidas e transições de vidas...
Muitos homens são cegos, não se apercebem da curtíssima vida que estão vivendo na terra e gastam todas suas energias nela...
O maior problema vem agora, após, deixarem esta vida, continuarão sonhando intermitentemente com ela, que serão seus pesadelos de além-túmulo...
Façamos uma reles comparação, imaginemos um jovem rico, cheio de saúde, com todos os recursos que a vida lhe deu, porém, este jovem deixa-se levar pelos vícios até encontrar-se na cadeia, ou debaixo de algum viaduto na mais plena miséria.
Ou outro ser humano que seja intelectual, estudou dezenas de anos para se
tornar uma pessoa respeitada, mas, inconformado não sabemos lá com o quê, mete um tiro em seu ouvido, ou comete o despautério do suicídio.
Tenho visto, pessoas famosas e ricas, na classe artística da mídia cinematográfica cometerem suicídios de várias maneiras, através das drogas, ou acidentes etc...
Estar bem com a vida e com a paz de espírito são benesses sem preço, riqueza nenhuma da terra pode comprá-las.
Agora minha esposa bate na porta do meu escritório, acordando-me para o dever do dia-a-dia, deixo lamentavelmente o prazer de escrever meus sonhos para cuidar da lida do cotidiano humano...
Condiciono-me ao dever com muita alegria para logo mais voltar a sonhar, tenha um pouco de paciência amigo leitor, é já, é muito rápido... volto logo, inté...
Após um dia de trabalho; cá estou novamente para continuar a narrativa do sonho em pauta.
Abro a tela do meu computador e, conectando-me com o mundo leio uma mensagem do meu amado amigo, retratando-se do mal-entendido do dia anterior etc...
Bem, ao contrário do paraíso ensinado na terra, dizendo que ele é onusto de pedras preciosas e semipreciosas, na vida paralela, no sonho nos ensinam que tanto na Terra como em Plácido o paraíso está dentro de cada um de nós, na nossa alegria e felicidade sem causa, sem motivo, apenas alegria que não podemos explicar, como o Amor, sem explicação.
Existe um rio de águas límpidas em Plácido, onde o ser humano que esteja lá não se afunda, ao menos que queira fazê-lo, o manancial é medicinal e abastece todo o planeta.
Ele corta todo o território planetário, não há mar de águas salgadas, e nossas embarcações são simplesmente indescritíveis...
Trabalha-se por entretenimento apenas, porém, trabalha-se muito no sentido de divertir na criação para melhorar mais ainda a já parafernália de nossas máquinas.
Os computadores da terra, os carros, as máquinas não são nem carroças ainda em comparação, talvez alguma roda quadrada poderia traduzir o nosso atraso aqui na terra.
Não existe noite nem descanso, apenas dias intermitentes, a paz é assombrosa come-se por prazer mórbido se estivéssemos falando na Terra, nem sendo necessário, pois a energia solar alimenta a todos gratuitamente, como o oxigênio é gratuito aos humanos da Terra.
As poucas dores são inteiramente mentais...
Apenas a dor do sentimento de não se ter feito mais.
Como na Terra, existem muitas escolas filosóficas de variadas vertentes, mais ou menos como as nossas igrejas, no afã de se descobrir novos horizontes que eles acham ser uma procura eterna do desconhecido.
Gardênia ministra muitas aulas e palestras sobre tais assuntos.
Nossos filhos também, eles são especialistas nos assuntos filosóficos de
Plácido, e são muito considerados...
Tenho uma percepção de aprender muito com eles, porém, quando acordo para esta vida, não me lembro de quase nada, e por este simples motivo, estou esforçando-me muito para relatar estas poucas lembranças.
Uma coisa eu sei dizer: Em Plácido nada se compara ao que conheço, e o prazer de lá é inefável.
Estamos em Terra firme e acordados, então vamos conjeturar um pouco sobre os humanóides que por aqui vivem.
Somos uma sociedade desequilibrada, o mundo vive uma guerra civil velada.
Aliás, sempre viveu.
Podemos ver uma evolução esplendorosa, em um século muito mudou, se
trousséssemos nossos ancestrais para vislumbrar o mundo de hoje, pensariam estar em outro planeta, um outro mundo e até no próprio céu.
Em contrapartida, poderiam sentir-se num inferno adiantado de maldades
demoníacas...
Existe um grande setor de nossa sociedade que dopa profundamente seus irmãos com drogas alucinógenas e, por elas cometem-se as mais cruciais atrocidades.
Filho mata a própria mãe, sem o menor arrependimento a posteriori, que coisa maligna e inconcebível e, autoridades que solapam o salário de fome de seus irmãos que ganham o salário mínimo, passam o dia em verdadeiros banquetes, são uma espécie de suínos, geralmente são gordos bem cevados, enquanto, crianças morrem de fome.
Fazem uso da maior de todas as drogas, uma espécie de ópio psicológico, a hipnose em massa, ou a famosa lavagem cerebral, ou seja a maior criação do diabo, a mentira!
Poucos luminares da humanidade conseguem repousar suas cabeças em seus travesseiros, muitas vezes de pedra bruta, e voltarem às suas origens, apenas vêm passar o seu dia de trabalho aqui na terra, para estudar profundamente a evolução humana, são conhecidos por avatares.
Aliás, muito pouco conhecidos...
Você conhece algum?
Como já aventamos muitas vezes, podem ser garis, médicos, juizes e qualquer outra coisa que se possa imaginar...
Aquilo que tanto a sociedade valoriza como automóveis, mansões e títulos, para eles nada significam, apenas aquela alegria, que uns chamam de felicidade, bem, na realidade não saberíamos aquilatá-la.
O ciclo de vigência humana
Temos um tempo determinado para o nosso tratamento na terra.
O aprendizado aqui, poderia ser mais ameno, conquanto, temos de amargar a dor para aprendermos a discernir o valor desta vida.
Como escada da evolução, é extremamente valorosa, por ela podemos valorizar através do sofrimento o amor que temos de dispensar ao nosso irmão.
O grande apóstolo Saulo, da cidade de Tarso na Cilícia, foi um grande
perseguidor de cristãos, até que converteu-se ao caminho de Jesus...
Este foi um homem de muita cultura e sabedoria, e sofria de um espinho na
carne, para poder controlar seus ímpetos malévolos, segundo suas próprias palavras.
Jesus Cristo, o filho de Deus, santo, perfeito e redundantemente sem pecados veio até este plano para ensinar o amor e, para morrer por ele.
Parece muito simples amar, mas, por certo não o é, posto que o nosso apóstolo Paulo já mencionado, disse que o amor é o vínculo da perfeição, então nada pode superar a sabedoria do amor, já que ele é tudo, segundo as palavras do Cristo também...
Então não se engane, amar não é tão simples assim..
Disse também Paulo: Tudo me é lícito, mas, nem tudo me convém...
Estamos correndo atrás da consciência plena, mas para tal teremos de tratar da nossa alma neste cadinho de purificação, chamado Terra.
Já falamos sobre o nosso sistema governamental a Democracia...
Podemos avaliar de uma forma generalizada que o mal está assediando
constantemente o ser humano, com suas mazelas, deixando seqüelas profundas em nossas almas...
Jesus vivia expulsando demônios dos doentes de espírito, até porque demônio é um vírus que pode atacar a qualquer momento, posto que o próprio Jesus, nos ensinou a orar e, orar para não entrarmos em tentação.
Chegou a dizer que o seu reino não era deste mundo, e que aqui teríamos aflições, e se ele venceu-o nós venceríamos também, aludindo que aqui nesta terra é o reinado de Belzebu, ou do Demo, conforme os radicais:

DEMO = DEMÔNIO – CRACIA GOVERNO...

"DEMOCRACIA"...

Governo do demônio.

Ele próprio foi fortemente tentado, e sofreu nas mãos do tentador e, até
morreu por elas...
Grande mártir do bem no mundo.
Que pediu amargamente para que o Pai passasse dele aquele cálice amargo... porém que se fizesse a vontade de Deus.
Este ensinamento é básico, Gandhi apregoava o amor, e bem-estar do próximo, e mataram-no.
Buda fez a mesmíssima coisa, Confúcio e tantos outros luminares que por aqui passaram e sofreram para perseverar no bem.
E qualquer igreja e seus evangelistas fazem o mesmo, ensinam e muito, se eles colocam em prática... aí são outros quinhentos...
Conheci pessoas espetaculares, ateus amoráveis, religiosos amoráveis, etc...
Aliás, amar é o segundo mandamento das tábuas mosaicas dos dez mandamentos da lei de Deus.
E Jesus Cristo, chegou a dizer que este mandamento chega ser igual ao primeiro.
Os poderes da mente
Os poderes do carisma amorável, o amor exime o seu portador de qualquer
preocupação que possa despertar nos seus contatos...
Apenas aumenta o seu carisma e a confiança diante das pessoas.
Alguns irmãos pensando ser inteligentes querem e, tiram proveito de pessoas bondosas e generosas, às vezes espezinhando-as, como se isto fosse uma grande odisséia... Pobres, enganam-se a si mesmos... quanta ignorância.
Com um treinamento profundo pode-se fazer uso da psicometria unida ao amor, quando jungimos o amor em outros assuntos, apenas estamos querendo que você seja salvo pela cosmoética do amor.
Estou agora falando no plural pelo simples fato de não estar narrando sozinho, estou acompanhado da criatura virtual mais importante que é, o amor.
Emitimos energias e elas ficam impregnadas por onde quer que passemos...
Veja que exemplo simples, eu tenho um cão de guarda e portanto, farejador, e noto nele uma acuidade incrível para cheirar objetos e passos de estranhos.
Se alguém me visita na chácara onde moro, e quando vai-se embora, o meu amigão que se chama Sansão, dado o seu porte, vai exatamente farejar todos os lugares por onde este alguém porventura tenha passado.
Então partículas de energias invisíveis deixamos impregnadas onde pegamos, sentamos, pisamos etc...
Seu pensamento voa, por lugares mil, e com ele sua energia, então ao pensar em alguém, estará recebendo e enviando energias a ele.
Ao pegar em um objeto deste alguém, vibrará no mesmo diapasão dele e
transmitirá e receberá o seu estado de espírito, como numa troca virtual de
informações do pensamento que poderá se plasmar.
Isto é chamado psicometria...
O poder fascinante e energético para ser entendido há de se enxergar o simples fato de vibrar, luzes vibram, raio lazer são fachos de luzes direcionadas que vibram e o seu poder é desmesurado.
Quando você pensa, seu pensamento vibra e portanto, estando ele vibrando em harmonia será benéfico, e se estiver vibrando em desarmonia somente provoca convulsões e confusões.
Leitura áurica, você pode olhar em uma labareda de seu fogão e verá o fogo em forma de energia formidável...
O fogo é formado pelas cores e seus matizes, e vibram com força descomunal.
O corpo de uma pessoa, esquenta e vibra em forma de labareda sutil, pois, ao pegar na mão de alguma pessoa, poderá sentir o calor ou o frio...
Resumindo, ao afirmar o olhar em volta do corpo humano poderá vislumbrar suas cores, o seu halo, a sua aura em suas cores.
E como muito já se fez isto, então conclui-se até por estatística que as
respectivas cores, podem significar saúde, enfermidade, estado de consciência, quando alguém mente, por exemplo, altera o seu calor corpóreo expondo o seu maculado estado de espírito.
Ao conversarmos com alguém podemos saber com precisão o seu estado emocional, se a pessoa está enraivecida, irada, amando, contente, alegre, feliz, receptiva, antagônica etc...
Podemos saber nos comportar diante delas, moldando-nos aos respectivos estados de espírito de cada contato.
Isto é formidável, quando nos ajustamos aos problemas das pessoas com
sabedoria, passamos a ser persona grata à elas...
Agora você pode ler os pensamentos de uma pessoa, ao ler sua aura saberá detectar uma enfermidade no seu corpo, e perceber se ela encontra-se triste ou alegre.
Se está sendo sincera, ou se está mentindo.
E com a palavra poderá moldá-la a um interesse comum entre vocês dois...
Existe o mistério do sonho e da vida de sonhos...
Sonhar é viver...
Numa outra oportunidade falaremos de outros sentidos humanos e de suas formas refinadas.

Você

Aqui estás tu... consciente da lida, meu irmão...
Por muito boa que seja a vida, fica num pedaço de espaço,
Caída lá do sideral espaço, ficando ao rés do chão.
Imunize tua alma da ferrugem, que corrói até o aço...
Confies, agindo desta maneira, não cometerás asneira,
Pouparás o teu tempo e, evitarás a canseira!
Mantenhas a tua paz, evitando o estardalhaço,
Afinal, Tu és importante, não vais passar por palhaço...
Preserves a tua vida, poupando o teu coração!
Economize o espaço, fugindo do cansaço.
O bom cabrito não berra, e o bom malandro é honesto.
Assim é a vida de todos, de João, José, e de Ernesto.
Não ligues para a torcida, sempre serás almejado...
É a inveja, meu amigo, e estará sempre contigo.
Não que tu a carregues, e sim o teu inimigo,
A inveja pertence a História, é coisa bem antiga,
Coloque Deus ao teu lado, e o resto que... seja resto!
Ao crepuscular do dia, ao alvorecer de nossa aurora,
Enfatizamos o amor eterno, confiado a nós, nesta hora!
Que seja infinita esta alegria, com a fragrância de outrora,
Felizes, todos os dias, que se eternize agora!

Inconsciência

Sons de gravetos que se quebram quando pisados indiscretamente.
Aroma inebriante de poesia, perfumando o nosso desejo de viver.
Distração lúdica, sentimento homérico... Incenso de terra molhada pela chuva temporã.
Cheiro de fauna e flora, indicando vida.
Cinco sentidos de recordações dos melhores momentos vividos...
Susto anafilático de chuva que cai, em sucessivos pingos inesperados.
Mistério que se faz mister ‘a inocência d’alma.
Sonhos vissareiros de ilusão. Passos no espaço. Traços, espaçados e parcos.
Alegria de um dia ensolarado, e sem motivo.
Lembrancas das traquinagens da primeira paixão.
Sensibilidades humanas, porém, inexplicáveis.
Sente-se, sem saber os sentidos destes sentimentos.
Coisas etéricas, que marcam pelas suas marcas inefáveis.
Com certeza são energias divinais...
Nestas incongruências, com fé inabalável, vislumbra-se o promissor futuro.
Que estes sentimentos continuem fluindo do imo de nossos sentidos.
Como disseram os poetas: “que saudade da aurora da minha vida, pois, era feliz, e não sabia”...
Mananciais

Torpor na brisa leve que balança em sacudidelas intermitentes.
Na alegria sonambúlica pairam os espíritos, bamboleando entre coqueirais, sobre folhas de palmeiras, se esgueiram mais e mais, correndo para a liberdade fugidia da saudade.
Amargando amar a matéria, foi-se o tempo, ancestrais.
Livre agora como o vento, muitos, atrás de novas carapaças,
Ensacando fumaça, nos breus e caracóis do mar, nas areias mundiais, destinos nostálgicos, celestiais.
Tempo de infância já passei, hoje, adulto-infantil, procuro envelhecer.
Lembranças de embarcações à vela, na veleidade dos ventos.
Tempos modernos, inventos... velarei sempre em sentinela poética, sem me importar com a rima e a métrica...

Euro-americano

Meu caro irmão, sua causa, é a minha...
a nossa vida é levada, ou por si só caminha.
Olhe em frente, e desate esse nó,
e não se entristeça nem de si tenha dó.
Saia dessa, mentiras existem a beça...
Escrever, é muito simples e fácil,
Isto já fazia... Pêro Vaz de Caminha,
em se plantando, tudo dá...
Só se for mesmo dó, de dar nó!
Começaram pregando-nos peça.
A vida é bondosa,
mas, também é sapeca,
levada da breca,
‘As vezes... é moleca...
Asiática, européia, ou latina...
Lava-se moedas no primeiro mundo,
conivência profunda,
vida imunda!
Embora, isso não pareça...
e, nós, levando na... cabeça,
mas, a nós nos restou o computador,
somos um dos primeiros,
o que antes era pena,
logo se transformou,
pois, o mundo inteiro mudou,
ficou mais imundo,
e quer mais dinheiro...
Com puta dor de cabeça...
dor de dar pena,
só nos falta o dinheiro.
Depois de cabeça, pena e dor...
pátria amada, e mãe gentil,
e almejada, Brasil.
A gente luta e labuta
porque a gente, é filha da pátria,
e ainda tem a puta
para completar esta cena,
quase obscena...
e, ainda nos falta o dinheiro.
Porém, jamais entristeça,
apesar de mais dor do que pena...
Amigo, esteja comigo,
somos donos do mundo,
e, até de diversos universos profundos...
Os espertos da terra, são uns belos palhaços,
matam de guerra e também matam de fome,
maricas, desejando ser homens,
pobres de espíritos, ricos que comem sanduíches...
Fama e poder são apenas seus fetiches.
A felicidade é intrínseca, está dentro da gente.
Pois assim sendo, a nós, ninguém mente...
Por causa dessa gente “ladina”,
existe a América LATRINA.
“Bush” e “Saddam” estão chegando,
Só para não dar mais rima...
Com o meu abraço,
Desculpe-me pelo desabafo.

O pingo

O pingo cai, é a chuva... pode também, ser a lágrima do Ser Supremo, emocionado pela sua criação de fauna e flora, onde vivem os seus humanos...
Quem sabe se, é amor derretido pingado sobre o coração partido do sofredor, que ainda entoa sua canção.
Ou seria a uva, enganando o coração em feitio de vinho?
Ou, néctar da flor aspirado pelo beija-flor, muito pouco nos importa, a natureza é divina, sempre nos abre uma porta.
Baco se alucina, porém, Deus nos ilumina, com seu candeeiro na mão.
A poesia inspirada na estrada da vida, com dor e amor.
Pingo de leite, deleite e açoite, dia e noite pingando razão.
Melífluo enjôo no coração.

Sonhe, amigo... sonhe, afinal a vida não passa de um curto sonho...

Marmeleiro

Para Saddam – Bush, e para o mundo inteiro...
Não sei se vocês se aperceberam,
Um continuará mandando e, outro tomando Chá da Pérsia,
Um Fará, o que outro mandar
Eles matam e, são companheiros, Pelo petróleo, fama e dinheiro...

Fustiga, no açoite.
Em seu caule, muitas utilidades.
Bate nos de pouca idade,
também, faz caridade.
marmelo marmeleiro,
o seu sabor, doce cheiro.
É quase educado na educação.
Foi-se o tempo, não para o açoite.
Chegou o clarão do dia, foi-se a noite.
Agora, tem armas frias, "que melhoria,
que evolução!" Jovens de armas em punho,
homens com armas nas mãos.
Nem isto é preciso,
basta estarem vivos,
Só apertarem botões!
Que saudade! onde está,
oh!.. marmeleiro?
Relegado pelo dinheiro.
Que maldade.
Choram as crianças pela sua falta, o marmelo, o seu chinelo.
É santo, perto dos corretivos atuais.
Celibatários e pais estão na mesma panela, para serem fritos iguais! Instrumentos de ensinamentos, convulsão e paz... computadores, defensores de teses atuais...
Marmelo marmeleiro, quanta saudade, foi-se a idade... hoje... maldade nos campos e nas cidades! Que bela idade... ficou para trás! Sua vida é como a minha, nuanças doces e amargas. Contra o mal, empunho a espada, haverá de cair prostrado, neste caminho pedregoso, enquanto, serei um vitorioso!
Nostalgia, marmeleiro, retorne para nós um dia...

Poeta

Como músico escrevo estes versos, procurando a sonoridade de um poeta, que canta com suas palavras de encanto.
Poeta, você é músico por excelência, como o pintor que toca com o seu pincel, dando vida à natureza morta.
Porém, o verdadeiro artista, é aquele que tem na amizade a maior conquista...

Errante

Ando pela vida... às vezes aparvalhado,
ciente de estar do lado errado.
Procuro a modéstia e... encontro o orgulho,
fico à mercê de mergulho.
O hoje; sempre me distrai,
o amanhã, insiste em pedir-me mais e mais...
Olho para todo o lado.
Vida referta de lutas e alegrias,
dormito a qualquer hora da noite, ou dia.
Começando tudo de novo, fico sibilino...
Não entendo e não sou entendido.
É a vida deslocada, removida.
Assim meu irmão,
devemos estar sempre alerta,
contra certas ofertas.
Dê o seu rosto para bater,
saia debaixo dessa coberta.
Lute, pois, a vida é incerta.
Feita de luta e destempero.
Limpe seus olhos, e veja,
retire-lhe o argueiro.
Aprenda sobre o motivo
de estar vivo meu companheiro!
E, esteja! Voe alto com olhar aquilino,
e avistará o seu destino.
Como sou eu, você não é nada,
desvencilhe-se do orgulho.
Caminhe, essa e a sua estrada,
Não pare, nem fique pasmado.
Você sempre acha que a dor
alheia é menor do que a sua.
Engana-se... ela é compatível
com o poder de cada ser.
É, assim que ela atua!
Todos sofrem a mesma dor,
apenas uns aprendem com ela conviver.
Não lhe dê muita atenção,
não a veja com o seu coração...
Seu pensamento pode intensificá-la
e até destruí-la...
Desprenda-se desse grilhão,
que a maioria, ela conduz pela mão.
Escraviza, endoidece, martiriza
o pensamento sem criação.
Terapia é a canção,
o trabalho manual,
e até a tecla do computador.
Compute a dor com a inexistência
e ganhará resistência.
Não peça a ela clemência,
apele à sua pessoal decência.
Para isto, haja consciência,
a qual procure com insistência.
E seja lá como for...
Persista e a encontrará, meu irmão,
Não deixe a tocha cair sobre o chão.
Levante bem alto a sua mão,
e cante a vitoriosa canção.
Ganhe o pódio de vencedor,
de quem venceu a própria dor.
Plagiando o poeta
"E agora, José," Plagiando o poeta...
O seu fim chegou, verdugo...
"Navios negreiros,"
vaidoso e altaneiro: tripudiou!
Você é João,
Você é José,
com calos nas mãos,
com calos nos pés.
Fustigou seu irmão,
Antonio, ou Jafé!
Porém, não notou,
você é João,
você é José.
Bateu em si mesmo.
Não soube ser tudo,
ignaro ainda é.
Chegou o fim do começo,
desculpe, se sou um tropeço,
genuflexo lhe peço, aguardando apreço,
do amor sem preço,
movido pela fé.
Ao menos aprenda,
virá nova vida,
virá nova senda.
Terá nova chance,
você não pecou,
apenas ignorou.
Por ser masoquista,
será açoitado, será um coitado
que, a lei desprezou.
E agora irmão?
Estará tudo bem...
resgate o seu carma,
faço o mesmo também...
Pois, santo não sou.

Sobrevivência!

Nódoas no oásis da vida.
Dunas às enxurradas.
Areias quentes,
ausentes.
Gentes atingidas,
céus tingidos.
Desertos zunindos
ventos de partículas
desoxidando o nada.

Ausência,

zurzir de açoites
esperando noites.
Toupeiras ocultas.
Noctívagos passeios
em caçadas noturnas.
Vida imbuída, latente.

Assim são os homens, baralhados com o deserto da vida!
A maioria ensaca fumaça, ou corre atrás do vento!
Sobrevivência!

Rascunho amigo

Desculpe-me pelo rascunho...
Amigo, você, é o cunho!
Cinzelado com forte punho.
No improviso, o aviso:
Os dias são todos iguais.
Uns alegres, outros tristes,
Mas, você sempre resiste,
Ora com pouco, ora com mais.
Filho, a hora é amarga, e braba...
Braba por ser de luta,
E brava por ser de herói!
Como poderia ser agora:
Belo crepúsculo,
Ou linda aurora...
Ratifico sem escrúpulo:
Os dias são todos iguais.
Nossos dias, nossas histórias,
Calejam nossas memórias
De contumazes mortais.
Passa a noite, vem o dia,
Ora quente, ora frio,
Viver é para fortes,
Pois, não acreditam na morte,
Realmente são imortais.
Como antes lhe dizia:
Os dias são todos iguais.
Fome, viaduto, corpos frios,
Fartas iguarias,
Belos jardins, e lindos quintais...
Antiga, é essa história,
Sem luta não há vitória.
Dia de labuta,
Feliz, ou de força bruta.
Dia de dialética.
Semana de semântica.
Ano de redundância...
Dia de cacofonia,
Como antes lhe dizia:
Os dias são todos iguais.
Porém, nada me trava,
Nem a força dessa clava!
Aqueço o meu motor,
Arrefeço minha mente,
Seguindo sempre em frente,
Ando por onde for.
Não tomo nenhum atalho,
E procuro não ser falho.
Estou indo muito fundo,
Talvez ao fim do mundo,
Na alegria ou na dor.
Caminho sozinho,
Sobre flores ou espinhos.
Desculpe-me filho amigo,
Falei pelo umbigo...
Não sei andar solteiro,
Preciso de um companheiro,
Conhecido por amor.
No dia-a-dia me baralho,
Pois, meu irmão de trabalho
Tornou-se escorregadio.
Jamais me admite, vadio!
Fico triste, mas, adio,
Pois, na ira sou tardio.
Estas linhas vão descendo
Ladeira da memória.
Vou-me apercebendo,
Descem aleatórias.
Inverto o seu rumo,
Sem usar linha nem prumo.
Direcioná-las-ei agora.
Voltando ao meu colega,
Ando dias, ando léguas.
Acompanho-o até nas trevas,
Nem ao menos peço trégua...
Já que falei de prumo,
Não perderei meu rumo,
Tampouco minha régua.
Nada mais me importa,
Do meu peito abro a porta.
Com emoção infantil,
Tento ser gentil.
Sinto amá-lo com ardor!
É o perdão da tolerância,
Que recebi por herança
De Jesus o bom pastor.
Pois, não tomo nenhum atalho,
Faço de alegria os meus dias,
E também, meu malho!
Embora ratifique:
Os dias são todos iguais...
Alegria é o meu trabalho,
E jamais a minha dor.
Sendo ultrajado pelo ócio,
Matarei o pensamento ocioso,
Mesmo que caia eu prostrado,
Serei um santo criminoso!
Assim me espelho à mercê
Em amigo como você,
Sincero e generoso!
Se não fora assim,
Ai de mim...
Pois amigo assim,
Quase não se vê!
Sucesso, amigo cavalheiro,
Apesar de muitos janeiros,
Sempre ao seu dispor,
De que vale o mundo inteiro,
Se não relembrarmos do favor?
Pois é, meu companheiro,
Da alegria, ou da dor.
Nossas míseras feridas,
Só se curam com o amor!
Amigo, agüente o tédio,
Paz, é o grande remédio.
Que não seja apenas um poema,
E sim... um diadema,
Irradiando o seu calor!
Apesar desse improviso,
Com palavras informais,
Hei-lo, o aviso:
Os dias são todos iguais.



Com fé, você alcança,
de maduro,
faça-se criança.
Sua mente descansará
na paz e no amor...
Pervaga em preocupações.
E, as suas orações?
O amor tudo apagará,
é Deus a sua fiança.
Lembre-se, seja sempre
a eterna criança,
Trate do novo,
deixe de ser belchior,
coisa velha e usada,
é poeira já passada,
você está embasado
no alicerce do amor!
Não fique aí parado,
saia dessa estrada,
norteie-se pela calçada.
Venha viver o novo,
cultive essa alegria,
durante a noite e o dia.
Continue a emanar força,
o seu irmão lhe espera,
você, é a nova era...
e a vida uma grande esfera,
uma roda gigante a rodar.
Nela, somos seus pingentes,
esperando em Deus
e pelo seu olhar.
Ondas refletidas,
sedimentando vidas,
chegando-nos pelo ar.
Seja o facho incandescente,
luz a toda essa gente,
que não cansa de lhe esperar.
Esteja sempre presente,
suturando sulcos doloridos,
feridos pela própria vida,
por onde temos de passar.
Que o Benigno lhe proteja,
e que você sempre esteja
a cuidar dessa gente...
Não sonegue, abra o peito,
e sentirá Jesus presente
sempre a lhe abraçar.

Negritude

Quando te sentires no escuro,
saibas, é apenas o prenúncio,
preconizando o teu belo futuro,
creias, boa-nova, é o anúncio.
Acendas o teu candeeiro,
iluminas-te a ti, e ao mundo inteiro,
e, teu inimigo será teu companheiro,
pois, necessita da tua luz...
Despojas-te dessa cruz,
troques amargura por amor,
e, não sentirás mais a dor!
Serás candeeiro brilhante,
e a paz ser-te-á constante,
com glorioso fulgor!

O tempo não espera!

Que horas são?
São horas de orações.
A prece é forte como o cipreste.
Enfraquece a peste
intempestivamente,
fazendo feliz muita gente.
Clemente ela é,
e, pode ser ardente.
Formas de preces,
deitadas, ou em pé.
Nós, carentes e pedintes,
receberemos pela fé.
Podendo ser cega,
ou consciente.
Caro amigo, ore comigo.
Esteja ciente,
assim que ela é.
Que orações?
São orações das horas,
são horas de orações!
sem punições.
E, pela fé,
sejamos insistentes!
Oremos constantemente...
para que ela não passe,
sem que cumpramos nossas missões,
e não deixemos resquícios de obrigações.
A fúria do temporal
Aí vem ele, desraigando com sua bonança.
A esperança é a última que morre, ai vem ele.
O povo corre arrasado. Malgrado esforço, ele varre, derruba e devasta, o homem nesta vastidão pensa dominar o dominador.
O povo gosta de emoções e dor: Faz apologia, como elogio: Depois dele, vem a bonança.
Crianças na crença de construir o tempo, este, porém, vem como adulto, a chutar suas construções de areia, que nesta área foram erguidas em lugar árido.
Este temporal é atemporal, surgindo invisível do nada, abanando sua cauda deixa o povo triste para depois alegrá-lo com sua bonança.
O temporal sempre traz a esperança!
Você tem de tudo e... pensa que é feliz!
Então sorria, como os desesperados do temporal!

Tenha calma, tudo passa, até as nossas vaidades...


Seja feliz!

Quando você morrer,
não vá esquecer,
morra verdadeiramente!
Morra em vida,
morte é vida.
Para viver feliz:
Mate o seu ego.
Mas, deixe de ser,
morra perante a existência.
Mas, seja semente.
Junto e ausente.
Seja feliz!
Esqueça que é, para que seja!
Se vitória almeja.
Porém, juntará os seus pés!
Deixe a ira, cultive o amor,
seja uma flor.
Frágil, fragrância...
destituída de si,
sem ego, inocente,
porém, eficiente,
cheia de amor!
Deixe o seu eu,
mas, não seja ateu.
Você será grande,
quando entender,
você é todos,
você é a água,
você é fogo,
você é, eu.
Em Deus somos todos,
também somos povo,
até somos Deus!
O mestre Jesus,
dependurado na cruz,
ao mostrar sua luz,
a nós, respondeu:
Sou o ego do mundo,
a Ti me entrego,
perdoando os ateus.
Enviado a esse cargo,
aceito o cálice amargo,
meu bondoso Deus.
Assim meu irmão,
deixe o seu ego,
suas vaidades
já não tem idade,
a vida passou,
e nada restou.
Somente o seu ego,
será resgatado...
se, frutificou.

Assim deve ser a vida do ser humano que deseja realmente evoluir, soltando o seu ego, deixando fluir o seu ser!

Nunca é tarde

Nunca é tarde demais,
é sempre cedo!
Nunca é tarde para se amar.
Meditar não é degredo,
é visitar novos quintais.
A paz é isenta do medo,
e o amor, um cálice a transbordar.
Jamais aponte seu dedo,
pois, ainda não sabe sequer errar.
Atente, é sempre cedo,
porém, vive entre mortais.
Amar, é puro segredo,
pensa apenas... saber amar.
Amar, é a maré
em seu refluxo a lhe puxar.
Luta jungida de fé,
é a vida a lhe provar.
Permaneça sempre em pé,
despoje-se do medo.
Viva sem reclamar.
Se for serviço demais,
precate-se e, chegue mais cedo.
Trabalhe sem desanimar.
Como pode enxergar:
Não há nenhum segredo,
é apenas o seu caminhar...
Note: É sempre cedo...
mas, nunca deixe de amar.
Congratulações
Estou feliz por sua recuperação.
"Depois da tempestade vem a bonança".
As dores de parto já se foram.
Não fique vaticinando o futuro.
Perdoe-se a si mesmo.
Não sofra antecipações.
Viva sua criança, nada lhe faltará.
Esteja certo, sinta-se farto.
Sem medo, sem jactância.
Neste foro, é o próprio causídico!
Estará colhendo com o coração suas intenções.
E, nelas repousará com o sono do Justo.
O futuro, é o presente!

Se tu tiveres paz, então terás todas as riquezas!
Meus votos a ti, de muita paz!

O teu canto

Enquanto choras o teu pranto,
sintas o sol da alegria brilhando o teu dia!
Esperas na esperança do acalanto...
Cantarás alegre repousado no teu canto.
Verás que a vida, é mesma uma poesia

Manos

Humano verde,
deveras, verá,
maturidade.
Húmus será!
Nova vida,
novidade,
eternidade.
Et`cétera e tal,
total!
Humanos manos,
só mais uns anos,
seremos unos.
Nos subsolos
estaremos sós,
nem sóis,
nem colos.
Pós-humanos,
etéreos planos,
neste abandono,
nossos orgulhos,
nestes mergulhos,
unificados,
seremos pós voando,
gaseificados.
Vozes humanas,
nós humanos,
somos irmãos...
Desde antanho,
fomos estranhos,
porém, agora
nestas entranhas,
vamos embora,
seremos bons!

Luz Universal

Água viva é Jesus,
amor que te conduz
sem percalço.
Elevando-te ao alto,
livre de cadafalso.
A paz agora impera,
energia gera.
É chegada a Nova Era.
Alegria produz.
Lembra-te... é, Jesus.
Desse cântaro dá-me
água para beber.
Pediste, irmão,
para enternecer:
Amor... perdão!
Já não te amofinas,
tua aura se descortina...
caiu o véu vejas o céu.
Versos livres,
como livre é a tua alma,
Já não é iracunda.
Paz profunda,
honra e sensatez,
quanta solidez.
Creias no amor:
Jesus nosso Senhor.
Poeta do evangelho,
apregoas a jovens e velhos
Amor, Amor, Amor,
lenitivo à nossa dor.
Flor do deserto,
jamais fenece,
apesar... sol
escaldante
sempre avante,
arrefecido
pela Água Viva,
Viva Jesus!
Viva o Amor!
Viva a luz.
Água Viva

És quase água.
És tudo,
és nada.
Se és água,
és vida!
És sempre viva.
Às vezes, és chaga.
Nas águas, nadas.
Nos vôos, és livre,
Estás em tudo,
sempre afinada,
Nas profundezas...
Óh! Que beleza!
Etérea plaga. S
omente vida,
Semente vinda.
Será do nada?
Danada lida,
sempre bem-vinda.
Bem estudada,
lida, a lida.
Viva na mente,
entre mente e ente,
desmente a morte,
Pois, esta não tem
nenhum sentido,
porém, sentida
na linda vida
deste alguém.

Solidão

A solidão é: simplesmente o medo de amar...
Há aquele... que se envergonha deste verbete, claro, são seres do tipo: ignóbil, sua capacidade mental não alcança o mínimo de sabedoria para entender este significado.
Confunde AMOR com amor, com paixão, conforme o seu libidinoso pensamento...
E... a bem da verdade tentamos entender o amor...
Sábio e antigo ensinamento: "Amai o próximo como a vós mesmo", aqui fica patente que, somente saberemos amar a vida, se começarmos por nós mesmos!
Se este for o seu caso, ame a vida e saia da solitude...
E, se isso lhe acontecer, sentir-se-á o ser mais rico do mundo, terá conquistado a paz!
Somos o que pensamos ser...
Somos produtos do meio em que vivemos, até rompermos com essa enorme barreira chamada: lavagem cerebral.
Sofremos influências mil, principalmente dos nossos genitores que, lá nos seus íntimos se acham os seres mais inteligentes e corretos do planeta, bem assim, como a nós mesmos...
Eu me chamo João, e ninguém neste mundo vai me convencer de que eu sou Joaquim, eu definitivamente sou João e ponto. Acontece que, desde a minha mais tenra idade, disseram-me que eu era e continuaria sendo João, então essa é a minha identidade verdadeira...

Lealdade

Lealdade - fidelidade?
Eis um sentimento sério,
que deve ser ponderado!
Amadurecimento, idade!
Na plebe, ou no império...
Onde encontrá-lo?
Para compreendê-lo
com profundeza,
necessita-se de nobreza
e uma dose de cuidado.
Para lhe dizer com franqueza,
ele é desmesurado!
Sentimentos mesclados.
Ouve-se na redondeza
que fé, amor e outras riquezas
ficam do mesmo lado.
Mata-se por amor,
ora, ora... que beleza,
até o ódio sobe ao pódio...
Mas... que "bela" safadeza!
Meu amigo-irmão,
ouça a voz do seu coração,
confie no seu trabalho.
Não fique desnorteado.
Nem busque atalho,
ele pode ser falho...
Racionalize seus afazeres,
sempre compenetrado.
Pois, terá muitos prazeres
e bons negócios fechados.
Confiar, é ser generoso,
pois, é delegar confiança.
Seja sempre espelho
nessa aliança,
àquele que for delegado.
Tanto faz ficar de joelho,
Ou, de joelho dobrado
E, sinta-se muito honrado,
Com Deus do lado.
Quando o mar for proceloso
confie em Deus, Ele é zeloso.
Confie no poder divino,
Antes do sibilar do sino.

Mais um natal

Alguém nasceu,
Rymond de Jesus,
Ou, mais um hebreu?
Osvaldo da Cruz?
Ou, mais um ateu...
Nasceu Confúcio,
Ou será Petrúcio?
No seu coração
Que nasça Deus,
E, no meu,
Que nasça Alá.
Javé, ou Jeová
Oh... "my God"
Vê só se pode...
Que tal,
já ser Natal...
O ano inteiro
Só alegria,
Sem guerra quente,
ou guerra fria,
Matando gente,
Que agonia
Cheia de cruz.
Ghandi, Buda e Jesus,
Nascem a qualquer hora
Dentro, ou fora
De manjedoura,
Trazendo luz,
E... paz duradoura,
Que nos seduz!
Não ria, não é engraçado,
É o Natal de todo dia,
Que a gente sempre adia,
É apenas o Natal postergado,
Que há muito já devia,
Ter sido comemorado!

Passou a hora, passou o dia, passou o mês, afinal já é Natal mais uma vez!

Feliz Natal.

Abraços do, Natalino Maometano Budista de Jesus, e, para variar... também do,
Campos

Ciência e Arte...

A ciência, tem ciência da arte,
Que se assoma ao axioma da vida,
Como arte, é sempre querida,
Como ciência, faz parte da arte.
Como morte, faz parte da vida
Como volta, da ida faz parte,
Ambas, riem da vida,
Da juventude querida
restou-nos a jactância da arte,
da arte arteira vivida.
Florescida à um estandarte
porém, do saber... desprovida,
todavia, ciência & arte
é, propósito próprio de vida.
De vida própria da morte.
Dívida de ciência pra arte,
Devida a sorte de vida.
Dívida de arte pra ciência,
Vivida de complacência,
Às vezes da ciência, esquecida.
Restando-nos apenas,
a pena do castigo com pena,
cometido na vida com arte.
A consciência, que a nós nos apena,
nos fará agir com paciência,
das vaidades com ciência & arte.
Resumindo... tudo isto deve ser vida!
Servida num prato bem lastro!
Entreguemos a Deus nossas vidas,
com vitória, ou se quiser... com fracasso.
Com ciência, consciência, ou sem arte,
Nosso verdadeiro alabastro!
Pois, melhor nos é, viver,
ou nos seus braços morrer.
Às vezes a vida
se nos parece um porre,
não valendo um vintém...
verdadeiro cansaço...
Bobagem, querido e querida,
em Deus somente há vida!
Em seus braços ninguém,
jamais morre!

Boa sorte amigo (a) na sua arte, ou ciência de viver.

Tudo começa pela maneira de você ver os acontecimentos ao seu redor, com seus olhos mentais...
Problemas são problemas, independentemente do nosso estado de espírito.
Se você estiver alegre, eles continuarão sendo problemas...
Se você estiver triste, eles continuarão sendo problemas...
Eles podem estar embasados na saúde psicossomática de seu filho, do seu mais querido ente... quicá na saúde de sua esposa... ou numa simples documentação, que por muito importante que seja, não passa de mero papel que fenecerá com sua própria existência...
Com certeza, se você mantiver seu bom-humor, poderá solucioná-los com maior facilidade, pois, estará contando com a força do positivismo.
Ao se encontrar tenso, você estará obstruíndo a passagem do seu sangue, e sangue é vida, seus nervos estarão crispados e fazendo um esforço desmesurado, seu aparelho digestivo estará constrangido, bem como todos os demais órgãos do seu corpo serão atingidos, suas vísceras estarão estagnadas, então você estará sendo um repositório de toxinas, e seus anticorpos estarão aguilhoados...
Esse pequeno intróito, é para que você apenas entenda como se processa a autocura!
E também as resoluções de vários problemas...
Na prática da meditação profunda... aquela pela qual você fica vazio, ou seja você se desapega de tudo e de todos, até de você mesmo, (destituindo-se de todas as vaidades humanas e perniciosas) e, como você é inteligente, poderá se aperceber de que descanso psicossomático fantástico você terá conquistado, restituindo-lhe a saúde global... além, de infinitos mistérios que você encontrará no mundo astral...
Creia, meu irmão e minha irmã, aqui nestas singelas frases encontra-se o desabrochar da tão sonhada felicidade... apenas o liame, até porque ela é indizível!

Boa meditação na arte científica de viver...

Assim é o dia da gente

Assim, é o dia da gente,
ora frio, ora quente.
Intempérie da vida.
Às vezes fere,
outras, sangra...
Também estanca,
sana e sara
qualquer ferida.
Tire da cara
essa carranca...
No mundo da gente,
também existe
quem resiste,
a feliz parturiente,
da qual é descente.
Assim, é o dia da gente.
Aprendiz da dor,
aluno do amor.
Profundo mergulho
no seu orgulho,
entre o espinho e a flor
no prazer vivente!
Assim, é o dia da gente...
Confie, seja mais crente!
Não fique de bode...
Você pode!
Assim é o seu dia!
soria, sorria...

Assim, é o dia da gente,

Sonho
Eu
sonho
colorido,
e você amigo,
com ego ferido?
Em preto e branco?
Entre lágrimas e prantos
Seu sonho é, a base da vida,
bem interpretado, bem-sucedido!
Sonho, dom, por Deus a nós concebido,
a mim, a ela, a você e, até aos mais atrevidos...
Exteriorizo meus agradecimentos, com abraço vivido,
Aprenda no seu sonho, sonhar... E seja nele, bem recebido!
Induza com consciência o seu sonho para que ele se torne entendido!
Árvore da
existência.
Sorria por
ter existido.

Queiras ou não

Queiras, ou não,
És vencedor!
Venceste teus irmãos.
Partiu-se o ventre,
mais uma semente...
de Eva e Adão.
Chegaste à frente,
no mundo da gente...
Com tocha na mão!
Acima da dor,
bradaste o amor.
Foste escolhido,
Ganhaste remissão!
E... teus irmãos,
onde... eles estão?
Em outras plagas
nos braços de Deus...
Mistério profundo,
além, deste mundo,
de crentes, e de ateus!
Nada se sabe de ventre,
tampouco, de gente.
Muito menos, de Deus.

Se treinares o amor, serás conhecedor dos universos!

Você – meu amigo

Você, meu companheiro,
vale mais do que ouro,
prata, status, ou dinheiro.
- De quê vale a vida,
sem você, meu parceiro?
Você, é o grande tesouro!
Aqui morre o meu orgulho,
afogado no amor
com profundo mergulho,
de prazer, ou de dor.
Nem devo ser o primeiro
a lhe dar amizade,
como a água da fonte,
que brota da eternidade,
como o ar que respira,
desde hoje, ou de ontem,
e, na simplicidade!
A amizade acontece,
surge, enternece...
Quanto mais confiante,
mais permanece.
Dou-lhe o meu ombro,
e o meu eu, por inteiro!
Creia, sou seu amigo,
Sou o próprio VOCÊ.
Faço parte do bolo,
tampouco sou tolo
de ficar à mercê!
Amor-amizade,
longe de ser piedade.
Se você se ama,
entende do assunto,
então... nada mais a dizer...
ou tentar esclarecer!
É você, meu amigo!
Minha simbiose eterna!
Meu fiel companheiro!
Meu fraterno prazer!

Sem perder a modéstia, amar, é ser sábio...

Não há dor que sempre dure...
Nada, é escabroso assim!
Mantenha a alegria de viver, mesmo no infortúnio alegre-se, será mais fácil transpor obstáculos.
Essa sua vida é, composta de algumas aflições, e estas, fazem parte do aprendizado, é a forma, pela qual, geralmente temos para avaliar a bondade e o poder divino.
Não pasme, não se espante, nem se atemorize, neste barco da vida estamos aos milhões e... de certa forma, todos com problemas semelhantes, então veja... você não é nenhum privilegiado nessa jornada.
Faça desse seu caminhar um deleite de suavidade...
Mas, a cada dor, você aumenta a sua intensidade, por lhe dar muita atenção!
Veja se consegue se concentrar nas coisas leves e suaves e, com alegria caminhará.
Não transforme saúde em doença, alegria em tristeza, permanecendo calmo, relaxando e inspirando profundamente.
"Não se implique com uma mosca, após ter engulido um camelo".
Enfrente a vida com coragem e espírito de luta e, se esforce para lutar com alegria.
Observação enfática:
Nenhuma dor poderá ser maior do que você!
Que a alegria e a paz esteja sempre consigo!
Você é maior que o dia amargo.

Dia amargo...
Pesa-lhe o fardo.
Melhor é ser dardo!
Porém, agora é alvo.
Não deite sua carga.
O descanso já chega,
aí vem o aconchego,
e com ele, o desapego.

Calmaria

Cal-Maria - clara - alma.
Mãe do mais puro Mestre.
Parturiente, que a nós nos deste
amor, alegria e vestes alvas...
Partiu do oriente ao ocidente
o amor, do Pai, incandescente,
junto da fé, e muita calma!
Fato não é, mero acidente.

O Meio

Na alma
tenha calma!
Hipocrisia, o meio balbucia.
Entenda, e veja por onde o pinto pia.
Contendo-se da contenda, aprenda e apreenda!
Seja cego, surdo e mudo, mas, tudo entenda...
Por dentro seja quente, por fora seja frio...
Assim, o meio balbucia...
Vele pela sua alma!
É, meia-gente!
Calma!

Assim é a lide do dia-a-dia.
Aprenda a viver!

Monotonia

Acorde, veja o lindo dia, deixe o pesadelo, venha à realidade da claridade,
Você existe para criar, construindo o futuro, não importando a sua idade,
pois, já lhe alertamos, você é divindade que vive na eternidade.
Não está se enxergando, acenda uma vela, e vele por ela.
Aperceba-se ser aquela luz, que ao seu irmão seduz.
Com coração mole, endureça suas suas batidas.
Não fique aí parado, acelere a sua partida,
não capitule, a vida não é dos moles,
Entenda, não deixe a generosidade,
Estabeleça, e com ela enriqueça!
Sê duro nos apuros, não esmole.
Jamais esqueça: não amoleça!
Ratificamos: "não seja mole!"

Verdade

Verdade absoluta é, verdade resoluta!
Verdade de clérigos e magistrados,
esticados em seus próprios estrados!
Acompanhados de deuses especificados!
Com suas leis imutáveis e absolutas...
Verdade relativa é, verdade absoluta
que, "imutáveis" universos reativa!

Exuberância

Viva a sua existência,
plena de transparência...
Afinal, por que tanta cautela
velada numa pobre gamela?
Às vezes se achando emplumada
em feitio de uma gazela...
Ah... gazela não é empenada...
Mas, seu pêlo tem reluzência.
Não seja apenas aparência,
necessitada de muita clemência
para não ser uma alma penada.
Assim é a nossa inocência,
endeusada na nossa postura,
apenada em plena rotura,
chuleada com falsa costura...
Numa vida de pouca lisura,
caída mais à indecência.

A humildade faz muito bem à nossa saúde!

Diversão
Pense com a mente,
e sinta com o coração!
Apanhe o seu malho,
e faça do seu trabalho
mais que carta de baralho,
a mais pura diversão!
Seja consciente,
e viva contente.
Falo-lhe como um parente,
meu caríssimo irmão!

Viver é arte!
Sucesso poético

Todos nós queremos o sucesso.
Esforçar-nos-emos para levantar o estandarte.
Na vida profissional, familiar, espiritual,
enfim... plena e de boa ética.
Escritos estes, em capítulos de bom-senso,
e na gramática poética.
Sentimentos vamos externar,
sem nos esquecermos da estética.
Esperamos seu consenso...
Julgue como poema, poesia, ou cordel...
Pense em cavalete... tela e pincel...
Até em jogral e... menestrel...
O sucesso, em qualquer vida faz parte
Dependendo da rima, ou da métrica!
Se você quiser que seja ciência,
Não nos importa que seja arte.
Poeta também faz sucesso!

Tranqüïlidade

Sua missão é de paz.
Você não é inútil.
Sua memória
está na história!
Com mente pura
e coração aberto,
deixando o fútil,
seu caminho é certo.
Ame a humana escória.
Não é, uma carta aberta,
é muito mais, você é az!
Não está abandonado!
Esta vida é pueril,
é, quase nada.
Pensamento fértil,
poeira na estrada,
humanos... manada,
horda amarga e fétida,
gente estéril.
Gente boa...
gente à toa,
gente certa!
Tudo passa,
você suporta,
você é gentil.
Seja forte, ame,
ame... eis o norte.
Juntos, dia e noite
Amor ou açoite,
vida ou morte.
Está nas nossas preces,
nos nossos corações,
nas nossas emoções...
Você merece!


Poeta universal

Poeta, você é o filósofo-pensador, que musicaliza as palavras, como o escultor que lavra a madeira com seu macete, marchetando a goiva, e vai dando vida à madeira bruta, enfim é o artista burilando a pedra, ou cinzelando a tela com seu pincel.
Na integralidade musical, peço a palavra para escrever, pois, todo o músico tende a ser poeta.
Poeta, você é músico por excelência, como o pintor que toca com o seu pincel, dando vida à natureza morta.
Seu pincel tange na plangência sonora e cromática e na etérea simetria matemática, com maestria e performance de mestre, semelhante ao bisturi do cientista plástico, vislumbrando a beleza da vida.
Poeta-profeta

Poeta, você é profeta do acaso,
Parece falar aleatoriamente
Pela força de sua mente.
Ora declamando,
Ora transcrevendo
Idéias que não são suas,
E sim da humanidade.
Vivendo na eternidade,
Não importando-lhe a idade...
Na tristeza, ou na alegria, seja lá como for...
Profetiza com alegria, ou com profunda dor!
Poeta anacoreta, vivendo o seu mundo,
Sem meio, ou fundo... às vezes, insano.
Sem curva, ou reta, pudico, ou indiscreto...
Solito, despertando o universo parnasiano.
Às vezes complicado,
Ou esclarecido,
Pedindo atenção,
Solerte, ou ignaro,
Pergaminho na mão,
Ou seria alfarrábio,
O Dom lhe reserva,
Palavras nos lábios,
Às vezes acordado,
Às vezes adormecido.
Escreve com o coração...
Se lhe faltar papel,
Artista-pintor,
Seja como for,
Pintará sua flor,
Usando, cinzel...
Pincel do escultor...
Escreve na areia,
Ou, quem sabe... na mão,
Se lhe sonegarem... O papel
Terá como lábio,
De Deus, astrolábio,
Ou lhe restará seu olhar,
De profundo irmão...
O poeta faz do poema
O seu diadema
Como crente,
Que confia na gente
Na noite anterior,
No dia seguinte.
Silente ou falante,
Talvez mais ouvinte,
Acalentando o coração.
O poeta é profeta,
Queiramos, ou não,
Somos o que somos,
Da poesia, os cromossomos...
Seu é o dom, na terra, nos céus e no mar,
Lá está o profeta, mudo em sua tertúlia...
Como humano, em problemas a pensar.
Do requinte da letra, do êxtase de amar
Com muitas palavras, assim é o poeta:
Às vezes solto, ou amarrado na métrica,
Educado na rima, discreto nos pontos.
Cismado nas virgulas. irreverente, igual,
Diferente, poeta, ou profeta...
De Deus, e do amor, ele é o sinal!
Com louvores nos lábios, aleluia, aleluia...
De Deus, o instrumento a falar, a falar...

O CARPINTEIRO

Um homem simples,
Quase esquecido,
Genitor de Deus...
Carpintejou e sofreu
Por causa de hipócritas e fariseus...
Sua esposa, é muito lembrada.
Quem é esse José, o pai de Jesus?
Conheceu madeira de lei,
De Deus sua lei.
No lenho do madeiro,
Afixaram seu filho...
O Mestre Jesus.
Hei-lo, esquecido carpinteiro,
Que para o deserto, seu filho levou,
Esquivando-se de Herodes...
Que crianças matou!
Madeira, madeira...
Em feitio de cruz,
Carpintejou... carpinteiro
O tempo inteiro
A família tratou.
Agora decepcionado,
Seu filho pregado
Na mesma madeira
Que lhe deu o pão,
Com cravos nas mãos...
E, seu Filho aceitou
Os cravos, e o fel.
José, vê-se ao léu,
Esperando por Deus.
Que Amenizara sua dor!
O lenho da cruz
Por Deus criado,
José esquecido,
Seu filho ferido,
E crucificado,
Com quem trabalhou,
Carpintejando na lida,
Que lhe abriu a ferida,
Batalha travou,
Do seu Filho amado,
Dois bandidos aos lados
A Si comparou.
Porém esquecido ficou...
Já disse o poeta:
- E agora, José?
- Seria você?
Ou, a José, rivalizou?
João ou José,
Qualquer um, você é...
Duas letras pequenas,
Porém, sem ela nada seremos,
Falamos da fé...
Oh... grande profeta!
É lembrado agora,
Você também, é poeta,
Além de profeta,
Querido José.

O MENDIGO

Chegamos ao mundo, sadio, ou imundo, na visão de como se vê...
Futuro precoce, na rua, calçada, menosprezo acontece,
Transeunte, desconhece à sua mercê,
A fome, a sede, o frio, o tempo, o templo de Deus,
Ateus e religiosos, não querem fazer,
Não podem, sem tempo,
Procuram dinheiro, fama e Deus,
Adeus meus irmãos,
Do tempo, do templo,
Da fome, do frio,
Está à mercê
Da sorte, do azar,
Ausente da fé!
Calma! -
É o carma da justiça,
Resgate d'alma,
Nosso julgamento
Ignorante se atiça,
Não sabe entender,

Como é bom comer, quando se tem fome!
Como é bom aquecer, quando se tem frio!
Como é bom receber a cura, quando se está enfermo!
Como é bom a luz, quando se encontra em trevas!

Assim foi e, é!
Confiando em Javé,
Jamais cairá prostrado,
Sempre estará em pé!
Desde Adão e Eva,
Cônscio, ou estafermo,
Em terra, ou no rio,
No calor, ou no frio,
Estático, ou às léguas,
Saudável, ou enfermo...
Pouco vai entender.
Àquele que vê,
Vê Deus em si próprio,
Ele fez a arte,
Que de Si faz parte,
Todos, incluindo você!
Mendigo abastado,
Pois, olhando ao lado,
Ficará abismado,
Com tamanha riqueza,
Rojando ao rés do chão,
Seu irmão você vê...
Em seu olhar alegria,
Pois, mendigo, é você!
Pobre coitado é, o rico abastado,
Escravizado ao desejo de muito querer,
Já tem bens demais,
E algoz, agora se faz
Ao tomar de você,
É o verdadeiro mendigo,
Que se faz de honesto,
Porém, desonesto,
Dissimula seu nome...
Ernesto, ou José,
Mais um "esperto"
Angariando dinheiro,
O tempo inteiro,
Banco, travesseiro...
Dorme sonhando,
alvissareiro, somando
Preparando o traseiro,
Para as palmadas de Deus,
Ou melhor: receberá o que plantou,
Aos berros e prantos, verá,
De nada adiantou,
Ensacou muita fumaça,
Correu atrás do vento,
Muitos eventos preparou,
Guardou o dinheiro,
Que no cofre mofou,
Terá de dar graça,
Blasfêmia, mordaça,
O ajuste chegou!
Pedinte...
É o dia seguinte,
Mendigo, guardou, não usou,
Nem distribuiu,
Miserável; que a vida legou!
Culpa da vida,
Devida a dívida
Que conquistou,
Conquista malfadada,
De si não doou.
Culpa da vida!
Vida culpada...
Ninguém é culpado,
A ignorância afetou,
Ignaro afetado.
Não é não... culpado.
Aprendizado eterno,
A todo o momento,
Melhorando a alma,
Na fé e na calma.
Repetição de rima,
Tudo confirma,
Você é mendigo,
Escolheu ser assim.
Cupido, ou serafim,
Escolheu o seu fim...
Rico-mendigo
De gravata e terno,
Fim, apenas do começo,
Pois, pobre rico-eterno ,
Com muito tropeço,
Apenas lhe peço:
Sai dessa cisterna,
Mais um pedinte,
Não quer ser ouvinte,
Apenas melhorado
Com o aprendizado.
Triste, ou engraçado,
Mendigo você é,
Pois assim, você se vê!
De gravata,
Verdade,
Bravata,
Ou sem terno...
Mendigo eterno.

FERRAMENTA DO POETA

Poeta, você é o pintor da alma,
Com estética acurada traz,
Etéreos anseios
À perfeição
Você vai
Poema.
Faz.
Do seio da alma
Extrai paz e calma.
Prosternado no chão,
Você faz parte de Deus,
Apenas instrumento da alma,
Possui alma alva, que Ele lhe deu.

Espaço vazio

O espaço vazio, embaraça
O egoísmo de preenchê-lo.
Até no nada o homem está interessado,
E pode, até matar por ele,
Ou seja, por nada,
Por banalidade.
Tiro no centro
Da grande cidade,
Que acerta no centro
Da testa de motorista incauto.
Ampulheta do amor

Chegando até ela com o pensamento,
Caneta, lápis, teclado e o Eu, ou o
Seu, dentro da métrica, rimas e
E verbetes, ferramentas de
Mestre, cavalete e pincel.
Idéias, ideais, sem dor
E sem ais, você se
Fez mais, doou o
Seu ser, borrou
Com as tintas,
A tela da vida,
Verdade falou.
Tempo passou,
Ampulheta criando
Seu tempo formando.
Bisturi do espírito é o seu
Pensamento, herdado de Deus,
Suturando com palavras corações
Amordaçados, que a vida amargou...
Ágil, ou lento, não enterrou seu talento,
Cumpriu o mandamento, o seu irmão amou!

INSPIRAÇÃO

A inspiração se impregna
Naquele que se entrega.
Onírica, homérica, veio para ficar,
Nascendo com a gente, fez o juramento
De jamais nos deixar.
Tamanho não é documento,
Invisível sentimento,
Que a todo o momento
Vem nos animar!
Com ela não se contamina,
Já se vem contaminado.
Dos olhos de Deus,
Sem dúvida, é a menina,
Inspiração vinda dos céus,
Da alma, é a mina,
Tesouro, prospectado.
Somos poetas na essência,
Com horror, ou paciência,
Cumpriremos a missão...
Pensamos, pensamos,
Pensamentos, lamentos,
Mente, consciência,
Entretenimento mental.
Com açúcar, ou sal,
Pensamentos, temperos,
Alegria, desespero...
Manteremos a posição.
Inspiração, sentimento,
Apenas é, pensar.
Pesando palavras,
Nas noites frias...
Insípidas, salgadas,
Dias doentios...
Em poesias se plasmam,
Pensamentos pensados,
Atualmente, desatualizados,
Ou mal interpretados,
Da consciência, o estado...
Um sem fim, vislumbrar.
Apenas traduções...
Frustrações traduzidas,
Mal-entendidas,
Não adianta explicar...
Senti-la, é melhor traduzida,
Mente abduzida, por um deus...
Apesar da fé,
Não sabemos quem é,
Deus do bem, ou do mal?
Quem seria você?
Que nos martiriza,
Ou alegria nos dá...
Somos pobres mortais,
Com alegria e ais...
Não sabemos pensar...
Da natureza, comensais.
Na sobrevivência da vida,
Inspiração querida,
Ajude-nos a andar!
Desta dor tão doída,
Sare esta ferida,
Venha nos ajudar!
Inspire-nos com o seu halo
De raridade esplendor,
Dá-nos do seu entusiasmo,
E, esqueceremos da dor.
Entusiasmo, deus interior,
Deixe-nos pasmos,
Enchendo-nos de amor.
Agora, é o grande momento.
O tempo se eterniza agora,
De fora para dentro,
Ou de dentro para fora...
Um dia iremos embora,
Embora, dentro do tempo,
Que se eterniza nesta hora.
Inspiração infinita,
Inspiração de outrora,
Quantos inspirados,
Deixaram-nos seus legados,
De qualquer tempo...
No crepuscular da aurora.
Inspiração, quanta arte.
Inspiração, quanta ciência.
Estando por toda parte,
E, até em alguma consciência.
Vai e vem a existência,
Porém, você é a insistência,
É o mais puro estandarte,
Daquele, que pede clemência.
Sem você, não há entendimento,
Luta inglória e lamento.
Em você há alegria,
Mas, também há tormento.
Santidade e orgia,
Estão no contexto.
Bem e mal são o teste,
De norte a sul, de leste a oeste...
Inspiração é, todo o universo
No avesso, ou inverso
A você ela merece...

ETERNIDADE

Viver o presente,
É estar na eternidade!
Criamos o tempo,
O presente,
Que é o passado ausente.
O futuro, esperançoso,
O amanhã do crente,
Do doente...
Recordar é gozar, é sofrer.
Vislumbrar é querer,
Terá, apenas
Concretizado, seu sonho.
No presente,
O resto é virtual,
É sonhar com oásis,
No seu próprio quintal.
No ardente deserto da vida,
Sempre surgirá a esperança,
No tempo, a confiança.
Viver o passado,
Pode ser alavanca.
Pensar no futuro,
Com esperança na vida,
É a realidade presente,
Daquele que crê.
Do passado, experiência,
Visão de alegria,
Visão de sofrer!
Esse passado vale ouro,
Bem aquilatado.
Tesouro, tesouro.
O tempo não existe...
Na turbulência da lide,
O homem o inventou.
Aprisionou-se no tempo,
Não previu contratempo.
Porém, o preço pagou.
Preso e triste,
Com seu dedo em riste,
Contra ele ralhou,
Não existe mais jeito,
Nele, a história persiste!
Nos primórdios do amor,
Marcou-se com ódio...
Caim matou seu irmão,
O desamor se instalou,
Ao longo do tempo,
Dentro de templos,
Marcou-se calendários,
Jesus, Maomé,
Diferentes no tempo,
Dependentes da fé!
Inteligentes e otários
O tempo guardou,
Na história da vida,
Aqui resumida
Em números e datas
Plebeus, magnatas
O tempo levou,
Com ouro e prata,
Mendigo e nata,
Tudo se consumou...
Assim é o tempo,
Devido, na vida.
Somos pequenos,
Vaidosos, terrenos,
Um sopro do nada,
Que o tempo tombou!
Vale a pena ser generoso,
O tempo passa como a flor.
Formosa e bela donzela,
Que a pouco fenece,
Sua vaidade padece,
O sofrer acontece,
O tempo envelhece,
Nem Deus, nem prece,
Não têm pressa,
Você se acabou,
A ação do tempo,
Fez juramento,
De acabar com você,
Não se impressione,
Pois, falo de mim,
Não sendo Serafim,
Não posso me eternizar,
Sorte, ou azar,
Vou ter de acabar
Em tempo.
Pois, poderá me levar.
O tempo estraga,
Mas, também conserta,
Com certa facilidade,
Sem sentimento, ou piedade,
Vem nos ajustar.
O arrogante se prostra,
Diante de seu triunfante olhar,
Magistrados se acabam,
Na presença desse juiz...
Quando vem para julgar.
Como a própria natureza,
Fazendo proeza,
Vendavais com firmeza,
Com toda a frieza
Destrói para depois arrumar
O tempo não tem pressa
De nos abraçar.
Quando nascemos,
Nem mesmo sabemos
Como aprendemos andar.
Engatinhamos ainda
No tempo infindo,
Sempre a rastejar
Aprendizado eterno,
Imposição atemporal,
Na eternidade do tempo
A nos ironizar.

POESIA-POEMA-NACIONAL

A vida é uma verdadeira poesia,
ou um poema, que não ousamos traduzir,
aliás essas coisas são realmente inenarráveis,
Sem traduções, são inefáveis.
Aparecemos na vida querida,
apegamo-nos à ela,
sendo rica ou singela,
nossos pertences familiares,
nossos queridos lares,
nos cegam, fazendo-nos afogados
em copos transbordantes de água.
Ser humano de tamanha pequenez,
que com profunda estupidez
de mágoa, que em si deságua.
Mata, rouba, comete pequenas
e grandes maldades,
sem qualidades.
O seu pecado,
é inerente à sua ignorância.
Quanto orgulho e mesquinhez
carrega em sua tez...
Ser humano marcado.

- Afinal, quem somos?
Não sabemos nem quem fomos...
e por que tanta ignorância epitelial,
ou melhor, analfabetismo conscencial
que trazemos na própria pele.
Nascemos com tez perfeita,
até tornarmo-nos casca-grossa...
que até a mosca, repele.
Nos maus tratos aos nossos irmãos.
Damos tanto valor à matéria densa
e carregada de vermes,
que a nós nos concerne,
a devida recompensa.

Isto, somente porque estamos bastante saudáveis.
Quando vamos ao médico, que às vezes gordos e afáveis,
a nós nos receitam barbitúricos e outros tais...
para inibir os nossos mórbidos desejos de comer mais...

Verdades poéticas, sonhos empíricos do cotidiano,
mundo pequeno, onde perdemo-nos em devaneios
de poemas oníricos no parnaso desta vida, insanos.
Nas grandes batalhas, fornalhas ardentes,
mesmo porque, tal como a vida cadente...
somente conhecemos fornalha de fogo ardente,
que contundentemente não passa de uma frase pleonástica,
e que o livro sagrado ousa redundantemente pronunciar.
Vida de sonhos profundos, continuamos a sonhar,
pois, "sonhar é viver" e queremos sonhar...
Sobreviver, é meio complicado,
o homem moderno, bem como os arcaicos,
os mansos e os estóicos,
primam sempre pelo bem da matéria,
nada muda em seu cérebro,
não pensam em coisas sérias,
mas, nos estertores da vida, ou da morte,
com um pouco de sorte
podemos voar...

Certo ou erroneamente, deu pra se comunicar,
como falávamos: nos momentos de deixar-se o corpo de aprendizados,
o aluno ainda não aprendeu que está se despedindo e, amargurado,
cuidando, ou pensando cuidar,
emite grunhidos onomatopaicos
no afã de preservar a sua pseudo riqueza.
Seus bens são arcaicos...
Já deu pra notar.
Porém, pra ele, é beleza
A se preservar...

Que riqueza é essa?
Gemidos, e gemidos,
maldades e maldades...
O homem se apressa.
Ignorância transcendental.
Nem sabe se é poema,
poesia, ou lamento,
um grande dilema.
Os jovens e velhos
sonham iguais...
São todos perfeitos,
bonitos, corretos,
afora os pesadelos.
E, a paixão então?
É muito engraçado,
o velho apaixonado,
arrastando seu rabo,
puxando o cordão
enroscado em seu pé,
crendo, com muita fé.
Rídiculo escaravelho.
Seguindo desajeitado,
é muito engraçado...
vira-bosta ele é...
Algo sem igual.
Cego, nada enxergando,
donzela cortejando,
que cacofonia passional...
Deixe de ser feio,
assuma-se velho...
e pare de sonhar.

O bom-senso se perde
nas asas do tempo,
e ele continua a sonhar...
A maldade convive
dentro do templo,
quiça, ao relento,
com o amor ao próximo...
é a grande hipocrisia
a solapar mente tisnada,
que a nós não nos diz nada.
Pois, Jesus já dizia:
O templo de Deus,
se não for de ateu,
é o seu coração!
Verdade, ignorância...
é a obra da ânsia,
meu caro irmão.
Cego oprimido
pelo desejo malfadado
de maltratar, o coitado.
Talvez com a idade,
se ponha de joelhos.
E, no bom Deus
coloque o sentido.
Firmando-se nos seus artelhos
esquálido de barbatana,
tal fragilidade insana,
falta-lhe espelho.
Para si se doar.
Cego, dirigente de cego,
atravessando avenida
congestionada,
ou, enloquecida
de velocidade.
Contínua veleidade...
Da grande cidade,
traseunte a matar.

Não se mede esforço
Esmagador, à máquina
compactadora de asfalto.
Tripudiador humano,
vai além do assalto.
Absurdo plano,
Que aqui se maquina
em qualquer esquina.

Poucos, desses ignaros
possuem a grana,
porém a esmagadora
maioria esmagada.
Grandiosa maioria álgida,
fenece esquecida,
em berço esplêndido
à hino patriótico
à nação maltratada
e dissimulada
no seu diadema
adjetivo, esplênico:
Hino Nacional.
Grandiosa pela própria natureza,
enquanto a vergonhosa
miséria humana,
alimentada de detritos e dejetos.
Seres, ou objetos
de sacripantas aproveitadores...
breve lhes virão suas dores.
Pátria amada, quanta beleza
nesse pequeno espaço de vida,
nesses alguns segundos
praticam uma eternidade,
de desumana maldade.

- Então, por que tanta maldade?

Não se necessita de tanta ignorância, para se viver tão pouco tempo!
Moribundos engolfados na loucura humana-natural, pois, poucos enxergam-na na bem-aventurança da sabedoria de ver.
A vida humana, se nos parece maior do que qualquer outra coisa neste planeta, mas, a carnificina da miserabilidade, prolifera sobre o berço esplêndido da própria natureza, à pendão nacional.
Porém, a sabedoria da politização veio nos salvar, pelo voto, resolve-se tudo, e todos os problemas de uma nação continental nefanda, infestada de dengosos seres picados pelo desprezível deletério político.
- Votemos sim, mas, em quem?
Na mesma geração de filhos e netos que aí estão, na herdade cartoreira, e que o povo renega enxergar!
Pagaremos sempre muito caro pela nossa cegueira eleitoral, analfabetismo eleitoral, ou eleitoreiro.
É triste, porém, verdade, somos um enorme quintal do planeta terra, onde ninguém planta, porém, o senhorio colhe desbragadamente...
Oitava economia de míseros seres putrefatos, assaltantes e saqueadores, assolando literalmente de todas as formas, enquanto honestos trabalhadores sofrem reveses indescritíveis de maldade...
Guetos de miseráveis, de uma realidade ímpar na ordem do dia...

Não queremos a pena de morte, mas, porque haveríamos de querê-la, já somos apenados por ela, pela força da própria natureza, e aos brados retumbantes...
Não fugimos à luta, pois, somos cegos patriotas, que não tememos a própria morte... - Oh... pátria amada e idolatrada...

Ah... esquecemos de alguns detalhes como: a clava forte, aquela que estão clavando-nos desde o império nacional lusitano etc...

- Você quer saber de uma coisa?

Falei, e disse... e ponto!

Belo Hino Nasceu mal!

Grato pela sua honrosa leitura.

O navegante napolitano

Nasce mais uma obra pela benesse espiritual, tratando-se da vida de mais um ser que por muitas vezes viveu nesta terra, uma seqüência de sucedidos muito interessantes, para balizarmos o nosso viver, rivalizando os fatos deste nosso irmão que já se foi por incontáveis vezes, e aqui se encontra em espírito neste momento.
Parece paradoxal, ou contraditório estas escritas, mas, somos todos eternos, e podemos nos encontrar em qualquer parte do universo, pois, o nosso pensamento navega como a pluma levada pelo vento, sendo guiada à guisa divina, e não podemos mudar os fatos.
Não se assuste se você se encontrar em lugar que lhe parece peculiar, perfeitamente conhecido e familiar, ou fazendo um trabalho que se lhe pareça verdadeiramente uma réplica perfeita do já realizado, e nada mais enfático para que creia nestes relatos.
Ao se deparar com algum velho estranho, porém, conhecido, apenas a sua memória está falhando, pela inconsciência que a matéria física lhe condicionou – creia, não está delirando, não, isso é fato.
Imagine a sutileza etérea do seu espírito, e que se encontra preso a uma carcaça de matéria pútrida, revestida de todas as vaidades deste mundo, a natureza ao mínimo lhe impôs a sobrevivência, assim, terá de trabalhar para o seu sustento, isto se você estiver sozinho por aqui, mas, pode contar com uma leva de pessoas dependentes de você, então, seu espírito fica mais preso ainda à matéria, e pensa quase que constantemente em como agir para sobreviver.

O navegador napolitano

O navegante Antonioni, muito jovem ainda partiu da Itália para Grécia, e por lá ficou uma temporada, adorava o local e o clima, a beleza grega o fascinava, e enamorou-se de uma cretense e com ela teve uma filha, e filha muito bonita por sinal, como bonita são as mulheres gregas, mas, ao invés de quebrar pratos como fazem os gregos, quebrava a cara de sua princesa que, não tinha muito pudor arrastando asa aos amigos de Nino, como já era conhecido.

A menina

A menina Dirce ia crescendo e vendo as brigas, até que a separação foi inevitável, e ela escolhera ficar com a mãe na Grécia, enquanto o pai navegante, partira para Espanha, e logo navegaria para outros países, mas, o seu fim foi radicar-se no Brasil, deixando um rastro de fertilidade na prole espalhada pela Europa, fato desconhecido de toda a sua família brasileira.

Quem era o navegador

Marco Túlio, filho dos imigrantes italianos, Genoveva & Antonioni, cuja razão social se afigurava com os nomes de seus genitores.
Pastifício era o ramo de seus pais, onde Túlio ía crescendo e desenvolvendo-se como mais um ser humano entre tantos milhões deles.
Filho único, biológico - "meno male"... pois, o alarido com certeza seria menor, numa família napolitana que ressumava alegria pelos poros, porém, após dois meses de seu nascimento, surge um fato que mudaria a história de Veva e Nino
Três macarroeiros, macarrônicos... engraçados, alegres, que viveriam felizes, embora, a "mama" Genoveva, às vezes pudesse lacrimejar pela saudade de seus parentes que ficaram na Península da Bota, a antiquíssima Itália...

A bela Marcela

Túlio correspondia-se com Marcela, uma pequena criatura do nordeste do país, e naqueles dias da década de 40, apenas por correio e, com certa demora, faziam-se chegar as correspondências.
Túlio aventurava-se no fabrico de macarrões, o pastifício estava prosperando, trabalhava com seus pais, nas imediações da São Paulo de antanho, enquanto, Marcela estudava e morava em Campinas, grande cidade do estado de São Paulo.
Para quem trabalhava muito, o tempo escoava-se rapidamente pelo ralo do tempo.
Bem, aquele romance entre aqueles dois jovens, aconteceu à maneira estranha...
Numa tarde paulistana, dos velhos tempos, quando ainda se podia andar quase despreocupadamente pela cidade, deu-se o encontro entre Túlio e Marcela.
Ambos muito jovens ainda, no elã de viver a felicidade, e a terra da garoa estava molhada, o sereno era bastante denso.
Na atualidade desconhece-se a palavra bonde, na bucólica cidade eles trafegavam com mais desenvoltura que o caótico trânsito atual, nem dá para se comparar.
Num trajeto, dentro de um bonde flertaram-se os jovens... Túlio e Marcela, amor à primeira vista.
Aqui começa uma odisséia a dois, como se o destino estivesse cuidando de tudo.
Marcela era de cepa européia, vertente genealógica das raças que habitaram o nordeste do país de Maurício de Nassau, muito bonita, uma mescla das raças "portuguesa e holandesa", por assim dizer, pai "português e mãe holandesa", apenas informações oficiosas descritas pela própria donzela.
Fora criada na bela Campinas, e agora viera completar seus estudos na metrópole paulista.
Cruzaram olhares apaixonados, e parcas palavras, apenas isto, e nada mais além das correspondências, passaram-se alguns anos e, um belo dia Marcela fizera uma visita ao pastifício de Túlio, que jamais imaginava vê-la novamente, após um espaço de tempo, já que Marcela desaparecera por completo do seu endereço.
Fora um encontro meramente casual, aconteceu... são coisas da vida.
Marcela, estava dedicando-se à culinária italiana, estabelecera-se no conhecido Bairro do Bexiga, com uma pequena cantina que transformava-se em uma tratoria, e era exímia na arte culinária.
A indústria das massas de Túlio crescera bastante nesse período, e estando... distraído quando fazia algumas anotações na sua velha prancheta manual e, ao deparar-se com a encantadora criatura, sentiu um calafrio, enquanto seu coração disparava.
Era a sua deusa que estava sendo atendida pelo gerente de sua fábrica.
Marcela, conjeturava muito com o rapaz que a atendia, e Túlio ficava na curiosidade em saber qual o motivo de tanta conversa, porém, o seu procedimento era de uma cliente interessada em comprar seus produtos.
Estava pintando o ciúme, posto que Marco Antonio era um belo rapaz, muito trabalhador e eficiente, e levava a empresa nas costas, era de muita confiança dos velhos italianos que pegaram-no para criar, e como irmão bastardo de Túlio, sua diferença de idade era apenas de dois meses do mesmo ano, faziam a festa de aniversário no mesmo dia no qual nascera Túlio, e era uma festa muito exacerbada, regada à vinho e muito macarrão...
Mama Veva, como era carinhosamente tratada pelos familiares, tivera apenas Túlio como filho biológico como já dissemos anteriormente.
Pego para criar é força de expressão, na realidade, uma bela manhã ensolarada, até porque na cidade de São Paulo também fazia sol, e ao abrir a porta de sua casa, que ficava a alguns metros da fábrica de macarrão, surpresa, deparou-se com um embrulho que resmungava, pela sua cabeça passaram-se mil pensamentos.
– O que seria aquilo?
O escândalo começou ao perceber que se tratava de um bebê, Veva gritou para Nino, o marido, o escândalo estava feito, mas, era bem normal a gritaria numa colônia italiana.
Meteram a boca na mãe despudorada, que abandonara o filho, logo na sua porta...
Acontece que naqueles dias difíceis, bem... para encurtar o assunto, a família Antonioni, já era a mais próspera do pedaço, e aquela mãe escolheu logo os empresários dos macarrões, ao menos comida não iria faltar ao seu rebento.
O bom-senso, falou mais alto, pois, adotaram o garoto, e deram-lhe de tudo do que Túlio tivera como filho legítimo, deram-lhe carinho, educação e, aos oito anos de idade, revelaram ao dois garotos suas verdadeiras origens biológicas.
Agora começa mais um drama na vida dos dois irmãos que pensavam ser gêmeos, apesar da cútis mais escura de Marco Antonio.
Detalhes que não se fazia notório aos mais interessados, os dois garotos que freqüentavam a mesma sala de aulas, e que às vezes eram comparados entre seus rivais de escola.
Eram fortes e bem alimentados, e se meter com um, era se meter com dois fortes garotos.
Aquele segredo morrera entre os dois irmãos de criação, que de gêmeos não tinham nada.
Porém, com o passar do tempo, avençaram entre si que um era mais velho do que outro com a diferença de um ano... até para evitar desgastes nas suas vidas sociais etc...
E para tanto, até burlaram a lei falsificando seus batistérios, ou seus registros de nascimentos.
Enquanto Marco paquerava Marcela, Túlio se corroía por dentro, logo aquela encantadora mulher de seus sonhos.
E, o pior acontecera, Marco Antonio conquistara aquele coração.
Marcela não percebera a presença de Túlio que a espreitava de longe, ansioso e curioso pelo assunto travado entre os dois jovens.
A jovem rumou-se para o seu destino, quando Túlio aproxima-se e faz muitas perguntas a Antonio, que as responde na sua maior inocência, dizendo-se muito feliz ao marcar um encontro com a donzela...
Túlio recolhera-se na sua introspectiva frustração, já que respeitava os sentimentos do irmão, porém, foi desequilibrando-se com aquele fato.
Como bons irmãos e companheiros, Antonio sabia do caso do irmão com uma garota da Campinas do grande Tonico, o seu xará: Antonio Carlos Gomes, inspirado músico e maestro da obra: o Guarani... porém, jamais imaginava tratar-se de Marcela.
Aqui temos o exemplo de um simples olhar que se deu dentro de um bonde, e que marcou um destino.
Muitos de nós nos deixamos embevecer por pequenos detalhes de nossas vidas que marcam o desequilíbrio dos porquês...
Aquele fato marcou a vida de Túlio, que teria de conviver com aquela situação hilária.
Um belo dia, marcaram um almoço na casa dos Ninos onde deveria haver a apresentação de Marcela aos pais de Antonio etc...
Como bons italianos... fizeram mais um banquete.
Saudações fraternais ocorreram entre eles até o momento em que apresentaram-na a Túlio que, estava ciente e preparado para aquele seu momento tristonho...
Marcela, quero lhe apresentar meu irmão Túlio...
Marcela empalidecera, e sentindo-se mal, foi acudida por Veva, até se restabelecer daquela estranha emoção.
Antonio ficou pensativo, ponderando sobre as primeiras perguntas curiosas de Túlio no seu primeiro encontro com Marcela lá no pastifício...
E, vendo agora aquela estranha reação de Marcela diante de Túlio, indagava-se:
- O que estaria se passando?
Este mundo é muito pequeno, aquele encontro entre os três contava várias histórias de cada sentimento humano.
Aquela atração entre Marcela e Túlio, era muito mais forte do que se podia prever.
Aqui começa testificar-se quanto o ser humano é inconsciente desta vida passageira.
O tempo foi passando, e o noivado foi marcado para alguns meses posteriores, e os dois jovens continuavam a tocar o negócio do velho Nino, que já não tinha tanta disposição, devido sua idade, que não remontava tanto assim, mas, idade é idade, e depois, o velho fora acometido de uma escoliose, talvez por descarregar e carregar tantas sacas de farinha de trigo e outros congêneres.
Naqueles dias o fabrico do macarrão era à maneira artesanal, portanto, graças a isto empregava-se muita gente nesse setor, na realidade 100 (cem) era o número aproximado de seus funcionários.
O começo foi árduo, muitas horas de trabalho constante, e o precursor Nino teve esse justo merecimento de criar o início de um pequeno império no qual se tornaria tempos mais tarde, com a valorosa colaboração de Veva que, chegava a trabalhar mais que o velho Nino.
Aquela empresa realmente era uma grande família, sem a hipocrisia robotizada dos dias hodiernos, ali seus funcionários eram tratados com decência humana.
Almoçavam e jantavam no restaurante da empresa, onde a comida era farta, bem... os dias eram outros, e nos deixaram saudosas recordações, apesar de não se respeitar um horário rígido, somente permanecia empregado aquele que trabalhasse conforme a necessidade da empresa.
Um posto médico se fazia presente na própria empresa com os recursos da época.
Há quem diga ser isso escravidão.
Porém, o que é o desemprego atual?
Santa hipocrisia humana, é melhor trabalhar com alegria do que morrer de fome como está acontecendo nos nossos dias.
Aos privilegiados de hoje, mais trabalho ainda, na concorrência com a robótica.
No terreno da empresa havia uma campo de futebol e duas quadras de tênis, onde a reunião dominical era religiosa...
Algumas encrencas eram inevitáveis, mas, sempre predominava o espírito de camaradagem, pois, dentre eles havia um bruxo, um guru talvez... era o Guimarães, conhecido por mestre Guima.
Mestre Guima fora um sábio, destes que traz na verve o dom do aconselhamento verbal.
Era o zelador no termo literal do verbete, pois, zelava da empresa e das almas contristadas daquele clã.
Antes de qualquer evento lá estava o solícito Guima, e era muito respeitado por todos.
Nino, mandara construir um escritório ao mestre, e simplesmente escrevera na sua entrada: MESTRE GUIMA.
Ali, com o passar do tempo, Guima não mais fazia outra coisa, a não ser atender aos aflitos de espíritos.
Antes de qualquer evento, postava-se Guima diante de todos e fazia uma preleção toda particular, especial, ecumênica, apesar de não tocar em preceitos religiosos, o homem era muito sutil, e suas palavras emocionavam a todos, de modo que, as desavenças passavam de largo àquele ambiente.
Guima foi consultado por Túlio sobre aquela sua paixonite aguda, querendo desvendar o motivo de estar acontecendo aquilo, não se conformava de estar perdendo Marcela ao seu irmão Antonio.
O mestre deu demonstração de equilíbrio dizendo-lhe que os valores físicos se transformam em outros valores, e se esse não fosse o caso, que a considerasse como sua verdadeira irmã.
E até aventou sobre sua única experiência matrimonial, dizendo que sua esposa fora uma pessoa muito linda e sensual, mas, o tempo encarregou-se de mudar todo aquele cenário, e o amor fortaleceu-se mais ainda, passando de mera paixão a amor fraternal, ratificando: assim é a nossa existência...
E confirmou, dizendo: meu querido filho, a quem vi nascer e crescer, a vida é um teatro, não passando de um mero capítulo na eternidade, o tempo lhe dirá, creia...
Túlio inconformado, respondeu ao ancião que não estava preparado para aquela situação, iria sofrer muito, pois, amava seu irmão, e tinha loucura pela atração que Marcela exercia sobre ele.
Não demorou muito para se oficializar o noivado, e o espanto realmente estava por vir.
Chegou o dia das apresentações oficiais, a nova glutonaria estava marcada para as devidas apresentações oficiais entre as famílias dos noivos.
Nino no afã de ilustrar um grande momento, preparou uma festa com galhardia de um fidalgo, afinal, iria conhecer os sogros de seu filho Antonio.
O encontro deu-se num sábado de uma tarde primorosa, no encantado sítio dos Ninos, nas imediações da cidade.
Ao ar livre, no gramado esmerado do sítio, encontrava-se a parentela da família, enquanto aguardavam-se os pais dos noivos e outros convidados para a oficialização do noivado.
Os pais de Marcela não deixaram por menos, retribuíram com a mesma pompa, empenharam-se num esforço descomunal para se fazerem dignos daquele encontro.
Chega a hora das apresentações, congratulações daqui e dali, mas, quando Nino foi apresentado à mãe de Marcela, sofreu uma síncope, sendo acometido por um infarto, mas, o mestre Guima estava por perto, e exigiu veementemente que, Nino tossisse lá do fundo do peito, uma técnica já conhecida do mestre, enquanto, o médico da empresa viesse ao seu socorro, aliás, ele se encontrava ali por perto, era um profissional precatado que trazia sempre consigo os primeiros socorros, e abrindo sua maleta médica, foi cuidando de Nino, e uma pequena internação sanou aquele problema.
Agora paira aquela dúvida atroz – o porquê daquele enfarte logo naquela apresentação, e conta-se que, Nino fixando o seu olhar sobre o rosto daquela senhora, foi esmaecendo e ficando álgido suava frio até derribar-se todo ao macio gramado.
Não menos mal, ficou aquela bela e recatada senhora, junto de seu marido Ulisses.
Aquele choque anafilático por osmose entre dois seres, ofuscou o noivado, mas, que foi oficializado apesar dos pesares.
O jornal da cidade narrou aquele fato estranho, posto que ali estivera até a imprensa.
Túlio convoca uma reunião com Antonio e Guima, para uma séria conversa.
Túlio revelou a Antonio todos os fatos ocorridos e a sua atração por Marcela, e Antonio constrangido nada podia fazer diante dos fatos, atônito, Antonio veio a saber tratar-se daquela mesma Marcela da cidade de Campinas.
Ambos eram sócios da empresa, e teriam de conviver por perto, até para não degringolar o pastifício, mas, seria agora dolorosa e complicada aquela convivência.
Nino, já recuperado, convoca uma reunião bem informal entre as famílias.
Bem peculiar da raça, a espontaneidade falando sempre mais alto, reunidos numa enorme mesa, Nino como o anfitrião, começa a sua inesperada revelação com sotaque italiano:
- Haja o que houver, aconteça o que acontecer, vou abrir o jogo e rasgar o verbo.
Notava-se uma prepotência no velho, trazida pelo medo de que algo pior acontecesse naquele momento.
Via-se também o rosto pálido de Miréia, mãe de Marcela, e uma notória preocupação no semblante de Ulisses.

A preleção de Nino

Queridos parentes e amigos, o que vou revelar neste momento, é algo desconcertante, porém, verdadeiro...
Na realidade não sei como e por onde começar, espero na compreensão de todos, e revelo que esta foi a causa do meu infarto, que poderia ceifar-me a vida...
Conheci Miréia na minha mais tenra idade, e com ela tive uma linda filha que se chamou Dirce, isto aconteceu na Grécia, e como prova cabal dos fatos atentem ao sotaque daquela que foi o mais puro amor de minha vida, com mil perdões a todos.
Neste momento quem se sente mal é Marcela, que na realidade chamava-se Dirce Marcela Strovolos e, que não tinha nada de portuguesa e holandesa, como se aventou no início dos fatos.
Entra novamente em ação o doutor Serafim, o médico da empresa, que nesta altura do campeonato se fazia presente pelas ocorrências anteriores.
A comoção foi total, muitos barbados choravam copiosamente.
Naquele momento Túlio era o que mais chorava nos ombros de Antonio, pois, apaixonara perdidamente pela própria irmã por parte de pai...
Guima, talvez o mais preparado para tais eventos, também, não se continha em lágrimas.
- Meno male, disse Túlio, imitando o velho pai, agora não há como não desistir dessa paixão esquisita que a vida me propôs nesta minha existência.
Marcela abismada com tudo aquilo, quase entrou em parafuso, pois, sabia não ser filha legítima de Ulisses, e nunca conhecera seu verdadeiro pai, que agora tornara-se pai e sogro da própria filha.
E aos gritos, alucinada corria pelos campos, dizendo:
Eureca, encontrei meu pai, que também é pai do meu futuro marido.
Não se sabe, ou não se quer perder tempo em explicar porque ocorreram mudanças de alguns nomes, talvez por motivos imigratórios ilegais, fatos corriqueiros àquele que saía de um país para outro, num mundo que se precipitava às guerras da época...
- Por que acontecem fatos coincidentes?
Bem... na realidade não devemos crer na casualidade, pois, tudo aquilo que ocorre na nossa vida tem uma programação, recheada de livre-arbítrio, ou seja:
Temos o potencial de mudar nossos rumos de acordo com a nossa evolução, assim acontece nos nossos aprendizados.
Obviamente que não dá para mudar tudo integralmente, mas, dá para melhorar bastante, é exatamente por este motivo que aqui nos encontramos para o nosso resgate cármico.
A exemplo de Nino, que se tivesse a consciência de não divagar aleatoriamente pelo mundo como o fez, não teria culminado em situações quase hilárias, para não dizermos desastrosas...
Afinal, para se fazer filho é a coisa mais natural e fácil ao homem, que é favorecido até pela estatística demográfica, apontando-lhe que existe mais mulheres do que homens no planeta, resta então a consciência para conter a libido da humanidade, para que a terra não sofra tantos desgastes assolando-a pelo deletério e a fome na seleção da espécie feita pela natureza.
A natureza age como a nossa essência, ela toma decisões imparciais dando-nos a impressão de que é impiedosa e arrasadora, porém, não pense você leitor, que os habitantes desta terra são inocentes, sem exceção, não são, pois, já viveram muitas vidas para aprenderem, e não chegaram ao ápice ainda do aprendizado terreno, então este mundo é o que é, pela maldade e burrice humana.
Quanto mais aculturado... mais ignóbil, assim se nos parece ser o homem hodierno.
"Crescei e multiplicai-vos, enchei a terra" – aqui temos uma afirmação eclesial, na realidade isto pode não ser bem assim, e se o foi, o foi, o pretérito já indica, temos de evoluir, e sair do passado.
Quando esta frase foi escrita, há milênios, o mundo era totalmente diferente, hoje somos mais de 6 bilhões de seres apinhoando a terra num debate inglorioso – num salve-se-quem-puder danado, como sempre foi, desde o início da criação, começando pelos irmãos Caim e Abel.
Quando o homem tiver mais consciência, o mundo poderá melhorar, aliás, é somente por esta esperança que ele ainda existe.
Seria muito mais simples à força divina, ou cósmica, acabar rapidamente com esta palhaçada humana, assim como o faz com estrelas de primeira grandeza, desmesuradamente maior do que este grão de areia chamado terra.
Aqui temos um belo exemplo no qual devemos meditar, pois, o velho ditado aqui se faz presente: "Deus escreve direito por linhas tortas".
Somos sobremaneira inconscientes das ocorrências de nossas vidas pregressas, pois, somente isto nos faz ver que nada sabemos de nada, e somos surpreendidos a cada momento de nossas vidas.
Quantas agradáveis e desagradáveis surpresas acontecem nas nossas vidas, que nos fazem repensá-las...
Os motivos desses acontecimentos aqui grafados ficam por conta da sua imaginação, assim como nos é a própria vida.
Afinal, aqui está representado o amor entre as pessoas, amor é um Dom necessário que faz a raça humana crescer, até a paixão tem o seu lado cooperador nos fatos.
Porém, jamais devemo-nos esquecer:

A grandeza e glória do reino do Messias, baseado no amor divino.

Realmente, temos muito prazer em refletir e repetir os ensinamentos do Messias, porque queremos, e nutrimos a maior esperança de que, um dia será possível ao homem viver inteiramente jungido no amor para com o seu próximo, aí sim... teremos uma raça melhorada, e aqui se implantará o verdadeiro paraíso, aos que aqui estiverem... e que serão os nossos netos.
A profecia sobre Jesus é, que quando viesse, restauraria a terra e sanaria todos os doentes: leprosos, cegos, coxos, e qualquer tipo de doente seria definitivamente curado.
Porém, o que vemos é o deletério que assola a humanidade há dois milênios, cada atrocidade que, não nos dá a chance de vislumbrarmos como verdadeiras profecias.
Jesus, sanaria a terra, todas as línguas louvariam o seu nome etc...
O assunto é sempre o mesmo: ameaças proféticas, guerras, punições, exortações contra a idolatria etc...
Apostasias, ídolos e o Senhor.
A cada interregno, referto de brigas com outras nações, surge um laivo de benesse, advinda de Deus, ao profetizarem a glória do Messias.

JEREMIAS: 23
O renovo de Davi
5 - Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
6 – Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com que o nomearão: O Senhor Justiça Nossa.
7 – Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que nunca mais dirão: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito.
8 – Mas: Vive o Senhor, que fez subir, e que trouxe a geração da casa de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha arrojado; e habitarão na sua terra.

Grande louvação ao reinado do Messias, geração davídica, conforme nos relata o Livro.
A grande verdade, que não podemos deixar de ver é: o povo de Deus sempre era mantido cativo!
Principalmente seu profeta Jeremias, que foi um servo de Deus, vilipendiado, sendo preso e jogado no calabouço, e sendo também libertado por Nabucodonozor etc...
Vem a eterna repetição de livros posteriores, profecias contra este, e àquele outro povo...
Assim com a ajuda de nosso Eterno Deus, pudemos escrever estas palavras, na esperança de traduzir os versetos do Livro de Mateus, e que na sua essência já dizia sobre o Livro generalizado, ou seja: uma síntese do Novo Testamento.
Com a paz de Deus nos nossos corações!

O AMOR É A MAIOR FONTE DE SABEDORIA
O VERDADEIRO E CONSCIENTE AMOR!

Campo dos lírios

Exatamente meia-noite – Ester dorme profundamente, poucas vezes conseguiu dormir serenamente durante a sua vida, porém, é despertada por uma pessoa centenária, com sua vestimenta bem antiga e de grande fidalguia.
Uma luz bastante forte ilumina sua alcova, que a faz sentar-se na cama, ainda sonada imagina-se estar num sonho, e aos poucos vai tomando consciência daquele estranho acontecimento.
Diz-lhe a visão:
- Não se assuste Ester, poucos têm este privigélio de estar tratando com alguém que há muito tempo não vê, mesmo que inconscientemente...
- Você está vivendo no atual momento no planeta terra e, por este motivo não tem a condição de relembrar de suas vidas pregressas.
Continua a aparição a conversar com Ester, que amedrontada vai se agüentando a ouvir aquele ser estranho que invadira a sua privacidade, tirando-a de um sonho adorável e suave.
Percebendo tratar-se de espírito plasmado em carne e osso, esclama:
- Senhor fantasma medieval, cadê sua besta para flexar o meu pobre e combalido coração?
O fantasma sorriu, olhando de sosláio, porém, não replicou a brincadeira de Ester e continuou o seu sermão:
- Venho de muito longe, sabe, embora ainda carregue os últimos vestígios de uma roupagem demodê (fora de moda) à sua vista, porém, vou regredir ainda mais.
– Querida Ester, você já ouviu, ou leu sobre Assuero o grande rei, e Mordecai?
Aquelas palavras sibilaram como um afinado sino muito familiar aos ouvidos de Ester que era assídua leitora da Bíblia, e lhe resposndeu:
- Senhor, são dois personagens do livro sagrado, a Bíblia!
- Pois bem, fui Assuero e desposei Ester, fazendo-a rainha, como você bem o sabe, conforme a história bíblica...

Ester: 1
1 Sucedeu nos dias de Assuero, o Assuero que reinou desde a Índia até a Etiópia, sobre cento e vinte e seis províncias,
2 que, estando o rei Assuero assentado no seu trono do seu reino em Susã, a capital,
3 no terceiro ano de seu reinado, deu um banquete a todos os seus príncipes e seus servos, estando assim perante ele o poder da Pérsia e da Média, os nobres e os oficiais das províncias.
4 Nessa ocasião ostentou as riquezas do seu glorioso reino, e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, a saber cento e oitenta dias.
5 E, acabado aqueles dias, deu o rei um banquete a todo povo que se achava em Susã, a capital, tanto a grandes como a pequenos, por sete dias, no pátio do jardim do palácio real.
6 As cortinas eram de pano branco verde e azul celeste, atadas com cordões de linho fino e de púrpura a argola de prata e a colunas de mármore; os leitos eram de ouro e prata sobre um pavimento mosaico de pórfiro, de mármore, de madrepérola e de pedras preciosas.
7 Dava-se de beber em copos de ouro, os quais eram diferentes uns dos outros; e havia vinho real em abundância, segundo a generosidade do rei.
8 E bebiam como estava prescrito, sem constrangimento; pois o rei tinha ordenado a todos os oficiais do palácio que fizessem conforme a vontade de cada um.
9 Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres no palácio do rei Assuero.
10 Ao sétimo dia, o rei, estando já o seu coração alegre do vinho, mandou a Meumã, Bizta, Harbona, Bigta, Abagta, Zétar e Carcás, os sete eunucos que serviam na presença do rei Assuero,
11 que introduzissem à presença do rei a rainha Vasti, com a coroa real, para mostrar aos povos e aos príncipes a sua formosura, pois era formosíssima.
12 A rainha Vasti, porém, recusou atender à ordem do rei dada por intermédio dos eunucos; pelo que o rei muito se enfureceu, e se inflamou de ira.
13 Então perguntou o rei aos sábios que conheciam os tempos (pois assim se tratavam os negócios do rei, na presença de todos os que sabiam a lei e o direito;
14 e os mais chegados a ele eram: Carsena, Setar, Admata, Társis, Meres, Marsena, Memucã, os sete príncipes da Pérsia e da Média, que viam o rosto do rei e ocupavam os primeiros assentos no reino)
15 o que se devia fazer, segundo a lei, à rainha Vasti, por não haver cumprido a ordem do rei Assuero dada por intermédio dos eunucos.
16 Respondeu Memucã na presença do rei e dos príncipes: Não somente contra o rei pecou a rainha Vasti, mas também contra todos os príncipes, e contra todos os povos que há em todas as províncias do rei Assuero.
17 Pois o que a rainha fez chegará ao conhecimento de todas as mulheres, induzindo-as a desprezarem seus maridos quando se disser: O rei Assuero mandou que introduzissem à sua presença a rainha Vasti, e ela não veio.
18 E neste mesmo dia as princesas da Pérsia e da Média, sabendo do que fez a rainha, dirão o mesmo a todos os príncipes do rei; e assim haverá muito desprezo e indignação.
19 Se bem parecer ao rei, saia da sua parte um edito real, e escreva-se entre as leis dos persas e dos medos para que não seja alterado, que Vasti não entre mais na presença do rei Assuero, e dê o rei os seus direitos de rainha a outra que seja melhor do que ela.
20 E quando o decreto que o rei baixar for publicado em todo o seu reino, grande como é, todas as mulheres darão honra a seus maridos, tanto aos nobres como aos humildes.
21 Pareceu bem este conselho ao rei e aos príncipes; e o rei fez conforme a palavra de Memucã,
22 enviando cartas a todas as províncias do rei, a cada província segundo o seu modo de escrever e a cada povo segundo a sua língua, mandando que cada homem fosse senhor em sua casa, e que falasse segundo a língua de seu povo.

Ester 9
29 Então a rainha [Ester], filha de Abiail, e o judeu Mordecai escreveram cartas com toda a autoridade para confirmar esta segunda carta a respeito de Purim.

Ester então, pergunta:
- Senhor, estamos há alguns minutos conversando e não sei o seu nome, conquanto, tenha me chamado pelo nome de Ester.
Ali se estabelecia uma empatia cósmica, astral, e o fantasma lhe responde:
- Michael, sou descendente de Israel, como você, Ester, embora, hoje você seja uma brasileira, com nome hebraico, como é a maioria, que guarda a velha tradição religiosa ocidental...
Por um momento, Ester esfrega seus lindos olhos azuis para constatar a veracidade da sua visão, e lá continua o cavalheiro com suas roupas aveludadas e rendadas nas cores: verde musgo mesclado ao vermelho escuro, com seus cabelos encaracolados, porém, o seu falar era muito suave que a fez atônita, posto que falava fluentemente um português hodierno, para alguém que nada tinha a ver com o Brasil.
Naquele momento Michael é interrompido educadamente por Ester:
- Senhor...
E, também é cortada por Michael:
- Perdão Ester, pode falar comigo coloquialmente, sem mesuras, chame-me apenas de Michael, mas, eu prefiro, Micha, como meus entes queridos me tratam.
Então Ester, prossegue:
- Micha, qual é o motivo desta sua aparição, logo a mim tão modesta criatura?
Responde-lha, Micha:
- Minha querida Antonieta que é a sua mais fiel identificação, mais carinhosamente Nheta, o grande motivo é o de lhe mostrar o Campo dos Lírios, você vai adorar, creia!
Ester desvirtuando um pouco aquele assunto, lhe pergunta:
- E, o rei Assuero e Mordecai?
Retribui-lha com a resposta:
- Minha querida Ester são águas passadas, onde nós muito aprendemos, e evoluímos de acordo com o nosso tempo, que corre implacavelmente quando estamos encarnados, ou materializado, se preferir.
Após, uma pausa, Ester pergunta a Michael:
- Micha, você falou em evolução, porém, a mim se me apresenta à moda ultrapassada, veja só sua bela, mas, antiquada vestimenta...
Num lápso de descuido de Ester, lá estava Micha no mais fino terno de casimira inglesa, e com uma bela camisa de algodão, uma gravata de seda, italina, e com um sapato de cromo alemão, dando eminentimente a enfática resposta, agora acompanhado de um segundo fantasma, ou melhor, um ser angelical, alva criatura de asas com auréola, e tudo mais que de direito possa ter um anjo.
- É preciso falar mais alguma coisa, Ester?
- Este é o meu irmão Otávio Túlio, grande centurião romano – dá pra você entender?
Bastante estouvada, responde Ester:
- Realmente, não consigo entender onde você quer chegar, Micha...
A outra aparição angelical, toma a palavra respondendo no idioma italiano:
- Cara Ester, somos espíritos e podemo-nos apresentar de muitas maneiras e formas reencarnatórias, ou vaporosas, sem nenhuma alusão, veja o Cristo quando se apresenta a Tomé e o manda colocar seu dedo sobre sua chaga, que fora perfurada pela lança e pelo cravo que o afixira sobre a cruz.
Muitas visões, as quais podemos chamar de vaporosas se deram em tempos idos e estão grafadas na Biblia...

João: 20
27 Depois disse a [Tomé]: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente.
Matheus 17
9 Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: A ninguém conteis a [visão], até que o Filho do homem seja levantado dentre os mortos.
Lucas 11
9 Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: A ninguém conteis a [visão], até que o Filho do homem seja levantado dentre os mortos.
Atos 9
10 Ora, havia em Damasco certo discípulo chamado Ananias; e disse-lhe o Senhor em [visão]: Ananias! Respondeu ele: Eis-me aqui, Senhor.
Atos 12
9 Pedro, saindo, o seguia, mesmo sem compreender que era real o que se fazia por intermédio de um anjo, julgando que era uma [visão].
Atos 16
9 De noite apareceu a Paulo esta [visão]: estava ali em pé um homem da Macedônia, que lhe rogava: Passa à Macedônia e ajuda-nos.

Aqui, se parece tratar de um duplo etérico de um homem macedônio...

Ester começa a se acostumar com aquelas criaturas e ficando muito à vontade, brinca, dirigindo-se ao anjo romano e ao fidalgo francês:
- E você, Micha não falar o francês?
- Roupagem à parte, viemos para lhe mostrar o Campo dos Lírios!
Respondem simultaneamente em português caboclo, origem de Ester.
- Agora sim, estão falando a minha língua!
Exclama, Ester.
Repentinamente os fantasmas desaparecem, e Ester meio atordoada com aquelas imagens perfeitas na sua memória, se pergunta:
- E... o “Campo dos Lírios”?
Ester havia passado por muitas e muitas religiões, porém, acabou chegando à conclusão de ser ecumênica, professando o caminho do amor, e freqüentar o seu próprio coração, baseado nas palavras de Jesus, o Cristo que disse aos fariseus: o reino dos céus está dentro do nosso coração!

João: 14
23 Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele [morada].
Efésios 2
22 no qual também vós juntamente sois edificados para [morada] de Deus no Espírito.
Lucas: 17
20 Sendo Jesus interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, respondeu-lhes: O reino de Deus não vem com aparência exterior;
21 nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de Deus está [dentro de vós].

Ester era uma professora aposentada, e se dedicava à filantropia, dava-se na maior parte de seu tempo à meditação profunda, também, baseando-se nas retiradas que Jesus fazia para recarregar suas baterias como Filho do Homem que se fazia ser.

Mateus: 4
2 E, tendo jejuado [quarenta dias] e quarenta noites, depois teve fome.

Ester cria piamente na conscientização humana, através da meditação instrospectiva, justamente onde se encontram nossos céus e nossos infernos.
Ademais, era viúva e não teve filhos, era estéril.
Quando enviuvara, a solidão veio bater no fundo de sua alma, nessa época, trinta exatos anos era a sua idade, amava profundamente Josias seu falecido esposo, homem simples, despojado das vaidades que contagiam os homens, e teve uma morte fantástica, “dormiu e acordou morto”, não ficou doente nem deu trabalho a ninguém, apenas dormiu.
Josias era alto funcionário público no segmento agronômico do governo etc...
Pôde perceber que a solidão não existe, nós que a fazemos existir através de nossa própria depressão e do nosso medo etc...
- E o Campo dos Lírios?
Ester, necessitava fazer suas caminhadas, posto que já era sexagenária, e seu médico recomendara que andesse alguns quilômetros por dia, apesar de saudável para idade que tinha.
Com sua fiel companheira Ofélia, outro ser iluminado, um pouco mais velha que Ester.
À passos lentos, travavam conversação voltada ao assunto espiritual, nas habituais caminhadas.
Ofélia, tinha uma condição de vida bem semelhante à de Ester.
Ambas, moravam num condomínio retirado da cidade, insulado numa mata, local ermo, o qual Josias simplesmente adorava.
Ester, ainda nada dissera à sua honorável amiga, sobre suas visões...
Porém, Ofélia era sensitiva sobremaneira para ficar alheia totalmente de assuntos ocultos concernentes à Ester, até porque fazia parte daquele contexto.
Ambas moravam em terrenos distintos, que mediam de per si 3.000m2, onde cultivavam muitas flores, especialmente lírios, parecendo algo muito forte como se fora fetiche das duas velhas amigas.
- Mas, e o Campo dos Lírios?
O tempo passava rapidamente, e os fatos inesperados sempre estavam surpreendendo as duas mulheres.
Uma certa noite às 22h aproximadamente, quando Ester e Ofélia chegavam de uma reunião ecumênica, onde as duas amigas freqüentavam assiduamente, deparam com Sampaio, um amontoado de pele e osso ambulante, recostado no muro do condomínio, gemendo um gemido apavorante, íam passando ao largo, mas, seus corações falaram mais alto do que o gemido do velhote Sampaio, enquanto, simultaneamente estoura o pneu do carro, já aproveitaram para encostar ao lado da esquelética criatura humana.
Estavam a poucos metros da portaria do condomínio, Ofélia foi até a portaria para pedir auxílio a algum segurança, enquanto, Ester foi prestar socorro ao carcomido Sampaio, que enxovalhado vomitava abundantemente um líquido escuro e espumoso, Ester fazia de tudo para que Sampaio explicasse o que lhe estava acontecendo, mas, era em vão, não conseguia arrancar-lhe nenhuma palavra, a não ser seus gemidos ansiosos de morte.
Em poucos minutos, Manuel o segurança havia trocado o pneu.
Ester pediu a Manuel que colocasse Sampaio deitado no banco de trás do veículo e rapidamente rodaram 15km até o hospital mais próximo.
Sampaio tentara o suicídio, os médicos lhe fizeram uma lavagem estomacal, salvando-lhe a vida.
As duas amigas, retornam aos seus respetivos lares e no caminho conjeturam sobre as coincidências daqueles fatos, os quais lhes proporcionaram na ajuda de salvar uma vida tão preciosa a Deus.
Sampaio, ficaria internado naquele hospital por alguns dias.
Combinaram de visitá-lo no dia seguinte, posto que lhes pesava o ônus de certa responsabilidade, haja vista que no socorro a Sampaio, houve Boletim de Ocorrência, o famoso B.Ó.
- E, o Campo dos Lírios?
Mentalmente Ester se perguntava, sem nada comentar com Ofélia, enquanto Ofélia lia seus pensamentos e lhe diz:
- E o Campo dos Lírios?
Ester sentiu um calafrio. - tratava-se de suas flores, ou não?
Realmente ficou tisnada com a conversa da amiga, pensou em se tratar de cuidar de algumas mudas que ficaram para serem molhadas etc...
Naquele mesmo dia de visita, Sampaio recebeu alta hospitalar, mas, ainda inspirava alguns cuidados, estava fraco, um tanto debilitado, e que agora iria receber processo pela tentativa de suicídio, coisas de homens togados e letrados desta hipócrita vida, onde os grandes bandidos de colarinhos brancos ficam à solta, para dar continuidade aos seus famigerados crimes de matar crianças inocentes de fome.
A bem da verdade, Sampaio foi um homem íntegro, probo e ilibado, pois, havia formado todos seus filhos, nada deixando lhes faltar, no entanto, uma desgraça lhe aconteceu, seu irmão mais velho pediu para que ele fosse seu fiador numa alta transação do aventureiro Joca.
E, assim lhe aconteceu o inesperado e, lá se foram seus bens até a sua casa que ficara hipotecada, local onde nascera e vivera toda sua vida etc...
Sampaio estava na rua da amargura.
Tudo lhe fora tomado pela usura da agiotagem legalizada, e protegida pela nossa tacanha lei.
Sampaio, ficou perambulando pelas ruas de sua cidade natal, aquilo era realmente aviltante à sua honra, não possuía mais nada nem a mais reles aposentadoria e, o pior de tudo lhe acontecera, sua amada filha Clarice o execrara para sempre, e Sampaio, homem simples e sentimental fora se definhando até aquele lamentável estado.
Agora, Ester se revesava com Ofélia aos cuidados com o velho Sampaio, que fora morar nas casas daquelas santas mulheres, as quais ficaram atônitas com sua biografia...
Aquelas duas mulheres eram exímias alentadoras de ânimo, pessoas iluminadas, revestidas de auras energéticas poderosas, conselheiras de primeira linha.
Fizeram crescer a auto-estima de Sampaio.
Agora as mulheres caridosas, tinham um companheiro e amigo, era também um ótimo jardineiro que, pela ironia da vida, passou a cuidar especialmente dos lírios.
Numa tarde ensolarada, encontravam-se no alpendre da casa de Ester, quando Ester pergunta a Sampaio:
- Sampaio, convivemos há alguns meses juntos e não sei o seu nome completo.
Sampaio, riu, pois apesar de tudo, era muito espirituoso e responde:
- Cara Ester, se falar o meu nome inteiro, você com certeza vai rir muito.
- Fale, não vou rir, não...
Ficaram no jogo do empurra-empurra, até que, Sampaio desembucha:
- Meu nome é: Otávio Michael Mordecai Assuero Mário Túlio Sampaio.
- Veja só, que coisa ridícula, Ester, enquanto a ouvinte esmaecia de espanto, aquele nome era fantasmagórico qual toda aquela situação estapafúrdia (hilária).
Naquele instante, Sampaio percebendo a palidez de Ester, lhe pede licença e vai preparar um chá de melissa à pálida amiga.
- E, o Campo dos Lírios?
Aquela onomástica (referente a nomes) fez Ester lembrar da promessa dos espíritos.
Muita coincidência existia naquele nome, posto que Ester ficara realmente encafifada com todo aquele código emblemático à sua encanecida (cabelos embranquecidos) cabeça.
Marco Túlio Sampaio era o primogênito, e era médico, e também não queria saber de Sampaio, seu pai.
Ofélia, Ester e Sampaio em conversa notam que no belo e odorífico jardim dos lírios, algo inebriante sobremaneira, até anormal.
Então baixa uma inspiração no velho Sampaio que já estava bem apessoado e recuperado, graças às novas amigas, e fala:
- Primeiramente agradeço a Deus, e depois a vocês que generosamente me acolheram de braços abertos, oro a Deus todas as noites, pedindo toda a felicidade que possa existir, caia sobre vocês, obrigado, do fundo do meu coração.
Enquanto fazia o agradecimento, lágrimas da mais pura emoção rolavam sobre os rostos das três criaturas de Deus.
Num ímpeto inesperado, Sampaio fala de um lugar no qual esteve em sonho, quando esteve muito doente a tremilicar de frio debaixo de uma ponte, local que fizera de lar nos últimos dias.
As mulheres ouviam-no atentamente, de repente o velho dá uma pausa assustadora e, com ênfase diz:
- Estive no Campo dos Lírios!
- Lugar majestoso, verdadeiro paraíso.
Ester e Ofélia se entreolham, cada uma admirada pelo suposto acaso da conversa...
E, dizem simultaneamente:
- Campo dos Lírios?
Responde-lhes langüidamente Sampaio:
- Sim, foi apenas um dos belos sonhos dos quais, jamais quereria acordar!
E, arremata sua fala:
- Sonho, apenas sonho...
Pediu licença retirando-se de perto das mulheres, dirigindo-se ao portão da residência.
Ofélia, pergunta a Ester:
- O que você sabe sobre o Campo dos Lírios, minha querida amiga Ester?
Ester replica concitando a amiga a falar sobre o assunto, como se nunca ouvisse falar sobre o assunto, então Ofélia começa narrar exatamente a mesma visão de Ester que, a ouviu até a metade do relato, e interrompe-a, deixe-me contar o restante de sua visão, e assim o fez.
- Quando aos soluços, termina a narrativa, e ambas ficam atônitas posto que o fato aconteceu no mesmo dia e na mesma hora, obviamente em lugares diferentes, Ester encontrava-se no seu quarto, enquanto, Ofélia no quarto de visitas da casa de seu irmão na Cidade do México etc...
Isto tudo ocorrera logo de manhã, e o dia transcorreu normalmente, quando Ester deu por falta de Sampaio e, apressadamente foi até a casa de Ofélia a perguntar do velho Sampaio, porém, a amiga nada sabia de seu paradeiro.
Ambas saíram à procura de Sampaio, rodaram a cidade de cabo-a-rabo, mas, nada de encontrar o velho.
Depois de um mês de tanta procura, pararam para refletir sobre o fato, já que ninguém mais lembrava-se de Sampaio, até o segurança que ajudou a salvá-lo da morte, foram verificar o processo que respondia por tentativa de suicídio, e nada mais disto existia... Realmente aquilo tudo parecia-lhes um sonho.
Ester, então termina a conversa:
- Coisas estranhas acontecem em nossas vidas, um dia quem sabe se Sampaio voltará para nos livrar desse suicídio atoleimado e lento que se nos impõe a própria vida, e nos conduzirá ao Campo dos Lírios... diz Ester à sua amiga Ofélia.

Morte de Manuel, o segurança

Ester e Ofélia, ficaram muito gratas a Manuel o segurança, por muito que fizera por elas.
Manuel gostava de jogar na loteria, e um belo dia acertou na mosca, e passou a ser uma pessoa bem aquinhoada.
Milionário mesmo, acertou sozinho, e ganhou uma bolada pra ninguém botar defeito.
E, foi ali mesmo que ele comprou uma bela casa com piscina, na verdade comprou a melhor residência daquele condomínio que tinha até campo de futebol.
Os ricaços do pedaço, agora tinha o segurança como um dos moradores do local, e em condomínio fechado tem esse negócio de acepção de pessoas, na apelação de se assegurar de marginais, ou de bandidos, que porventura possam fazer mal à comunidade etc...
Manuel, sendo de origem humilde, começou a receber seus parentes em sua residência, que realmente extrapolavam em estrepolias, bebiam muito, e faziam muita anarquia, e barulho na beira da bela piscina olímpica, e nos jogos de bola eram enloquecedores.
Logo, Manuel foi chamado à uma reunião do condomínio para dar as devidas explicações de tanta algazarra, posto que, ali existia um estatuto que impunha horário para quase tudo.
Manuel, era espírito de porco, pois, gostava de uma encrenca, e não fazia cumprir estatuto nenhum que se referisse ao condomínio.
E, como estava com muita grana, passou a comprar a complacência de seus antigos companheiros seguranças, que passaram a fazer vistas grossas às suas reuniões anárquicas e tudo mais...
Até a própria polícia tinha de pedir licença para adentrar o local, posto que ali se empregavam oficiais da polícia militar, fazendo os já conhecidos bicos, para inteirar o soldo de cada um, que na realidade ganham muito mal até os dias atuais.
Ali moravam pessoas poderosas, como juizes, delegados, deputados, um dia sobrou para Manuel que amargou processo, e foi detido por alguns dias na cadeia da cidade etc...

A vingança do poderoso Manuel viria a cavalo.

Manuel passou a ser incitador, nos arredores do condomínio existia uma favela de onde era oriundo Manuel, que passou a reunir o pessoal na intenção de se vingar dos visinhos ricos.
Era uma grande favela com seus 30.000 habitantes, e lá ele formou uma associação dos rejeitados, com o nome de Associação do Condôminos e, conseguiu também a aderência de muitos moradores, seus visinhos...
Adesões daqui, adesões dali, tornou-se um líder que incomodava muitos poderosos, inclusive aqueles que o processaram e o prenderam...

A armação de Manuel

Certo dia, Manuel combinou com seu compadre Pedro, um morador da favela, o qual se trajou muito bem, e foi até a portaria para visitar Manuel, tudo estava armado.
Pedro chegando na portaria, foi logo barrado por um segurança novato, e que estava instruído pela diretoria do condomínio para impedir qualquer visita a Manuel, sem que fosse devidamente analisada.
Manuel estava afim de procurar uma encrenda das grossas com alguns moradores, que ele considerava pedante demais para seu gosto.
Pedro, postava-se pacientemente, fazendo-se de vítima do bronco segurança, o inexperiente jovem erguia a voz com Pedro, enquanto chegava sorrateiramente Manuel, juntamente com seu advogado, que agora o acompanhava por onde quer que andasse, como se fosse um guarda-costas do nababo Manuel.
Ali formou-se uma quíproqüo danado, e logo chegou o presidente da diretoria que era um coronel aposentado.
Coronel Fausto, foi logo gritando com todo mundo, porém, o advogado, doutor Adilson, foi invocando o direito de ir e vir das pessoas, e o coronel que também advogava, entendeu que estava cerceando o direito de trânsito do cidadão Pedro e, teve de se humilhar ao segurança Manuel.
Mas, a discussão foi longa, posto que, o advogado Adilson já estava com o dedo em riste apontando ao seu celular, e dizendo que iria chamar a polícia, e que o coronel apesar de seu título poderia estar arrumando para sua cabeça, já que estava infringindo a lei.
Aquele escândalo foi cantado em verso e prosa no condomínio, sendo que o coronel não era de muitos amigos.
Manuel começou a mexer num vespeiro.
Muita irregularidade ali do condomínio foi, motivo de processos contra aquela diretoria que tinha seus interesses escusos ali.
Cobrava taxas ilegais, dos moradores, e Manuel começou alertar a todos, que aderiram à sua causa de derrubar aquela diretoria.
Na diretoria tinha gente da pesada, era composta de pessoas inescrupulosas, que participavam de outros condomínios, formando uma verdadeira máfia dos moradores.
Certo dia, desapareceu Manuel, cujo corpo fora encontrado carbonizado num matagal próximo do local.

Vingança de Pedro

Pedro, agora toma as dores do primo e compadre, Manuel.
Os filhos de Manuel muito cooperaram com Pedro, que não era muito ligado em dinheiro, e o que queria era realmente a vingança, e na favela era muito considerado, até dos mais vis bandidos, exercendo uma certa liderança no pedaço.
Com muita paciência, foi investigando, até que chegou num bandidaço que estava disposto a revelar tudo a Pedro, conquanto, recebe uma boa grana para abrir a boca.
Grana não era o problema, a viúva e os filhos ficaram com muito, e também almejavam a vingança do querido membro da família.
Carlão era o nome daquele bandido, que após ter pego uma bolada, confessou ter sido ele e sua gang que deram cabo de Manuel, e que não era nada pessoal.
Pedro ficou pasmo tal a arrogante coragem de Carlão ao confessar o crime e ainda ganhar para se confessar...
Agora, Pedro tinha mais que uma vingança, teria de usar Carlão, e depois eliminá-lo friamente com requintes de crueldade... como costumam dizer os repórteres policiais.
Formalizar uma reunião na favela no barraco de Carlão, e fazendo de tudo para manter-se calmo, Pedro foi dando corda a Carlão para lhe falar mais sobre que, tinha mandado assassinar Manuel, e logo apareceu o nome de um capitão que nem no condomínio morava.

O capitão jovino

Capitão Jovino, era um matador também, gostava de praticar suas chacinas, e estava marcado pela quadrilha de Carlão, agora mais do que nunca, com tanta grana assim em suas mãos, Carlão o mataria com o maior prazer, porém, antes teria de descobrir quem fora o cabeça, o real mandante do crime, já que Manuel estava abespinhando a diretoria do condomínio.
A acachapante oferta de Pedro a Carlão era irrecusável, e teria de seqüestrar o capitão para descobrir quem estava por trás do crime...
Seqüestraram o capitão, levando-o para um local ermo, num casebre, deixaram-no por longos dias sem comer, nem beber, aplicando-lhe as mesmas torturas que ele houvera pessoalmente aplicado em Carlão, quando esteve preso pelos seus antigos crimes de latrocínios.
A tortura foi tanta, que após drogarem-no ele acabou entregando o coronel, mais dois juizes moradores e diretores do condomínio: Recanto dos Lírios, exatamente onde moravam Ester e Ofélia as duas mulheres caridosas, que agora inocentemente estavam lamentando a morte do bondoso segurança Manuel, que se apresentara em espírito a Ester, revelando-lhe os seu assassino, e que por sinal era seu vizinho mais próximo e o tinha em grande estima e apreço comungavam como se fossem da mesma família.
Ester, estava realmente impressionada com o coronel, achando-se aparvalhada com aquela visão de Manuel, falando de sua morte, e que fora crudelíssima.
Armaram um esquema, pelo qual não fora tão difícil de realizar mais três assassinatos, do coronel Fausto, e dos dois juizes, de campana a quadrilha se dispusera, e logo foram atocaiados numa madrugada, quando os três amigos vinham de uma daquelas costumeiras noitadas de uma boate do centro da grande São Paulo.
O morticínio foi realmente atrós, quando os três foram baleados radicalmente, e logo em seguida atearam fogo na Mercedes, apenas capricho de bandido...
O que a quadrilha de Carlão não esperava era um ataque concomitante por outra quadrilha contratada de Pedro para uma vingança plena e total.
Agora, formara-se uma verdadeira guerra, e o trânsito daquela estrada ficou calamitoso, muitos carros bateram, e o local ficou batizado de Madrugada Sangrenta.
Na realidade o primeiro a morrer foi Pedro, porém, a guerra já havia começado, e não teve como mais pará-la.
Logo chegou o corpo de bombeiros e a polícia militar, e os que se salvaram foram parar na cadeia dentro dos trâmites legais...
Foram tempos conturbados para Ester e Ofélia, principalmente a Ofélia, que tinha parentesco com Manuel, e foi ela que o colocara ali como segurança.

Porém, o campo dos lírios ficou para um outro momento especial, em que as duas amigas vislumbraram, logo após estes acontecimentos.

O translado

Numa bela noite, estavam as duas amigas, encontravam-se conversando sobre os tristes acontecimentos, quando repentinamente viram um ponto de luz no céu, e até comentou Ester:,
- Falta somente sermos abdusidas por alguma nave extra-terrestre...
Disse, Ester a Ofélia.
- É só o que está faltando mesmo...
Responde, Ofélia.
Aquele ponto de luz, riscava o céu, de maneira muito rápida, e as duas amigas já estavam preocupadas, quando foram atingidas por um sentimento de estranha paz.
O ponto de luz intensamente da cor branca foi aumentando assutadoramente, embora aquele estado de paz predominasse sobre as duas, e o ponto agora era uma enorme nave espacial do tamanho de um quarteirão quadrado, que pairava sobre suas cabeças, e sobre aquele condomínio, porém, somente elas estavam vendo tudo aquilo.
Era uma visão fantástica, quando desce volitando da nave um ser angelical, completamente diferente dos ET’s que se costuma propagar pelos filmes sensacionalistas.
A candura daquele ser era de arrepiar.
Calmamente aquele ser aproxima-se das amigas, e lhes diz:
- Como vão passando minhas irmãs?
As duas responderam, que estavam bem e tudo mais...
O ser resplandecente, que trajava um colante azul claro, como se fora uma roupa de treinamento, porém, cintilante ao extremo, porém, não agredia a visão humana.
O ser se apresenta:
- Sou Magda, muito prazer estar com vocês...
- O prazer é todo nosso!
Afirma Ester.
Diz, Magda:
- Vocês, não se dão conta de nossa presença?
- Não sabemos o que dizer...
Responde Ofélia.
- Vocês estão lembradas do Campo dos Lírios?
- Oh... sim!
Retorquiu Ester.
Magda, então convida-as para irem com ela até o Campo dos Lírios, elas concordam, e apenas ao pensar começam a levitar e a subirem até uns quarenta metros de altura, onde estacionara a grande nave.
A expectativa das duas amigas era muito grande, e ao chegarem dentro da aeronave, surpresa encontraram com Michael, com Otávio Túlio, e com Sampaio o velho que fora socorrido por elas e Manuel.
Magda, acomodou-as em poltronas confortáveis onde já estavam seus conhecidos a espera daquela reunião.
Ali expuseram a necessidade daquele colóquio informal, para tratar de assuntos celestiais, por assim dizer.
Todos nós vamos dar um breve passeio no Campo dos Lírios, por permissão de Deus em sua bondade, embora, não tenhamos merecimento, tudo em nome do amor, para reforçar a nossa fé na bondade divina.
Aquela nave, na realidade era um hospital ambulante de recuperação rápida, pois, ele circulava pelos planos telúricos, pegando os enfermiços d’alma para os respectivos tratamentos espirituais, e logo devolviam-nos aos seus respectivos lugares, onde concluiriam suas missões...
Aquelas frações de minutos, foram uma eternidade, e Ester e Ofélia estavam adorando aquela tournée com a expectativa de chegar ao Campo dos Lírios.
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